Chuvas podem frustrar a previsão de moagem da safra
09-09-2015

Depois de um mês de agosto seco em várias regiões do Centro-Sul, este início de setembro tem sido bastante chuvoso nas regiões canavieiras. A chuva cai com gosto nas principais regiões do estado de São Paulo.

O clima seco do mês passado havia ajudado a safra no Centro-Sul a recuperar o ritmo de moagem em comparação com os números do último ciclo, depois de um início de safra relativamente chuvoso.
Segundo a Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar), o volume de cana-de-açúcar processado pelas unidades produtoras da região atingiu 47,41 milhões de toneladas na primeira metade de agosto, crescimento de 5,68% em relação aos 44,86 milhões de toneladas moídas na mesma quinzena de 2014.
O diretor Técnico da entidade, Antonio de Padua Rodrigues, havia destacado naquele momento que, “pela segunda quinzena consecutiva, o clima mais seco nas principais áreas produtoras facilitou as operações agrícolas, eliminando o atraso na colheita de cana observado este ano quando comparado com a safra anterior”.
A Unica ainda não fechou os dados da safra relativos à segunda quinzena de agosto, mas a atenção do setor se volta para o clima deste início de setembro. No estado de São Paulo, por exemplo, a chuva cai com vontade nas principais regiões canavieiras - como Ribeirão Preto, Piracicaba, Araçatuba e São José do Rio Preto -, e deve continuar no mínimo até o próximo sábado.
A partir de agora o clima entre em campo e passa a ser um componente decisivo nesta segunda metade da safra safra. Se as chuvas desta semana se repetirem nos próximos meses – e olha que a Primavera nem começou! -, a previsão da Unica de moagem próxima de 590 milhões de toneladas poderá não ser atingida.
Mas muitos fatores deverão influenciar os números finais desta safra, dificultando qualquer previsão, como a expectativa de maior oferta de cana por conta das condições climáticas favoráveis até o momento e a estimativa de incremento de cana (de 13 a 15 milhões de toneladas) nos estados do Centro-Sul, excetuando São Paulo. Estes fatores podem inclusive compensar a dificuldade operacional de colheita dos canaviais, decorrente das chuvas, e o atraso de moagem no maior produtor de cana do país, o estado de São Paulo.


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