Colhedora sob medida
28-12-2015

Colhedora de cana pode contribuir para a continuidade da lavoura em áreas menores ou com topografia mais acidentada

Luciana Paiva

No Brasil, existem aproximadamente 70 mil produtores de cana, dos quais, 85% são pequenos e médios. Mas a mecanização dos canaviais pode inviabilizar a continuidade de muitos deles, pois o melhor uso da colhedora está associado ao tamanho dos talhões de cana, quanto maior for o “tiro de colheita”, melhor o resultado da máquina, que realizará menos manobras e, com isso, menor compactação do solo.

Além disso, há muitas áreas com cana que são tão pequenas ou que apresentam declividade superior a 12%, inviabilizando a entrada das colhedoras convencionais. Com o fim da queima e, portanto, do corte manual, essas áreas estão fadadas a deixar de ser tomadas por cana. É o que acontece com a região de Capivari, SP, tradicional produtora de cana, com grande presença de pequenos produtores e boa parte da área com topografia acidentada.

“Já realizamos várias tentativas com outras culturas para substituir a cana, como o plantio de laranja e tomate, mas não deram certo. Um dos motivos, é a grande quantidade de roubo da produção, pois nossa região é bastante povoada”, conta Maria Christina Pacheco, produtora e presidente da Assocap – Associação dos Fornecedores de Cana de Capivari. Segundo ela, a opção de substituir a cana por eucalipto, nas regiões com maior declividade, também não está alcançando sucesso, pois as empresas, por uma questão de menor custo, estão preferindo cultivar o eucalipto em áreas mais planas.

“A cana continua sendo a melhor opção. E a nossa chance de continuar no negócio é o desenvolvimento de colhedoras como a da FCN, de Piracicaba, que atende as características não só de nossa região, mas do Nordeste, de parte de Minas, do Paraná e até mesmo de outras áreas do estado de São Paulo”, diz Maria Christina.

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