Colhedoras de cana de duas linhas na Atvos acumulam 12 mil horas de trabalho com resultados positivos
28-08-2023

A companhia possui duas CH950 em operação em uma de suas unidades

Uma das maiores produtoras de etanol do país, a Atvos visa expandir sua capacidade de produção para alcançar a moagem de 30 milhões de toneladas de cana-de-açúcar nas próximas safras. Além de avanços na implementação dos conceitos da indústria 4.0, que englobam as principais inovações tecnológicas de automação, controle e tecnologia da informação, a companhia acredita que melhores práticas de conservação do solo serão vitais para alcançar esse objetivo. E a colheita de duas linhas simultâneas e independentes terá papel vital nesse cenário.

Durante o “Desencana Cast”, o podcast da John Deere, o gerente Corporativo de Operações Mecanizadas e Ativos Agrícolas da Atvos, Alberto Verruma, contou que a companhia possui duas CH950 em operação em uma de suas unidades. Com 12 mil horas de trabalho, ele declarou que a tecnologia já se provou bastante vantajosa.

“Inicialmente, nosso foco era comparar a produtividade entre as máquinas de uma e duas linhas. Esse é, sem dúvida, um ponto importante. Mas é o lado agronômico que mais nos tem atraído. A possibilidade de pisar 50% menos, deixando uma espécie de canteiro para o trânsito das máquinas, proporciona uma preservação ímpar ao canavial. Entramos este ano na terceira safra de operação das nossas CH950, e os dados técnicos de campo atestam um melhor enraizamento e brotação das áreas colhidas por elas.”

Segundo Verruma, um dos principais obstáculos para a introdução da colheita de duas linhas na Atvos foi a mudança de cultura. “É um conceito novo, mas que veio para ficar. Enfrentamos uma curva de aprendizado, com erros e acertos pelo caminho. Mas sempre acreditamos no projeto. Atualmente, temos 126 colhedoras espalhadas pelo Grupo, das quais apenas duas são de duas linhas. Mas tenho plena convicção de que, em breve, haverá equilíbrio entre ambos os modelos. É um caminho sem volta.”

O profissional relatou que ainda existem muitas dúvidas sobre a eficácia e funcionamento da tecnologia fora das porteiras da usina. Um deles é sobre o espaçamento colhido pela CH950. “Não é um duplo alternado. É a colheita de espaçamento simples, de 1,40 m ou 1,50 m, de forma simultânea e independente.”

A priorização de áreas é outra pergunta muito recebida pelo gerente da Atvos. Na visão dele, para que ocorra redução do consumo de combustível, o correto é sim priorizar. “É menos benéfico colocar ela nos piores canaviais. Por ser uma máquina de alto potencial produtivo, eu prefiro alocá-las numa área onde seu desempenho será aproveitado ao máximo, como canas eretas e de maior potencial, visando diluição de custos.”

Porém, Verruma salientou que precisa haver certa flexibilidade. Nada pode ser engessado. “Essa máquina encara todos os tipos de área, até porque ninguém tem apenas canaviais perfeitos. Já ouvi falar de empresas que a colocaram para colher bicos menores, pois o faria com a metade do tempo. O correto é sempre ter um planejamento adequado, visando extrair o máximo da colhedora e do canavial.”

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