Colheita de cana em duas linhas tem de evoluir
29-07-2015

Um dos desafios mais urgentes da colheita mecânica de cana-de-açúcar está no desenvolvimento das máquinas que colhem em duas linhas. “Hoje, as que o produtor tem à disposição no Brasil são colhedoras adaptadas e não projetadas para isso. Os dois fabricantes que oferecem este tipo de equipamento adaptaram para colher em duas linhas por conta de demanda de algumas usinas”, relata o consultor Luis Antonio Bellini, coordenador do GMEC (Grupo de Motomecanização do Setor Sucroenergético). 

Segundo ele, o conceito de colher em duas linhas é interessante. “Mas acho que ainda não temos máquinas perfeitamente adaptadas para esta operação, pois temos perda grande no corte de base por conta do sistema utilizado.”

PREOCUPAÇÃO COM TODO O SISTEMA
O foco do produtor de cana não pode ser apenas no equipamento, no caso, a colhedora de cana. Todo o sistema precisa ser preparado. “A colheita mecanizada começa lá atrás, quando a terra é arrendada, e depois no preparo do solo, no nivelamento da área, no plantio. Tudo deve ser feito pensando que a cana será plantada com máquina”, explica Bellini.
Depois, quando chega o momento certo de o talhão ser colhido, entra em cena a colhedora. E toda operação com o equipamento precisa ser bem conduzida: o operador da máquina tem que ser bem capacitado; a colhedora deve ter boa manutenção; a operação requer ser dimensionada para o equipamento, ou seja, é necessária uma quantidade adequada de transbordos e caminhões trabalhando em sintonia com determinada colhedora. Toda logística da operação tem que ser bem administrada. “Tudo deve estar voltado à qualidade da operação, afinal a colhedora não pode parar.”

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