Com a mecanização da colheita, a indústria perde por um lado, mas ganha no outro
04-05-2015

“O aumento da presença das impurezas vegetais na cana, uma consequência da exigência do fim da queima para a implantação da colheita mecanizada, trouxe diversos desafios para as usinas. Vários fatores acabam dificultando a limpeza efetiva da cana crua colhida mecanicamente. Essa impureza, principalmente a vegetal, é caracterizada em quase sua totalidade pela presença da ponta da cana, de folhas verdes e de folhas secas. A indústria precisa se adaptar a esta "nova matéria prima" seja para a produção de açúcar quanto etanol e ao mesmo tempo aproveitar a alternativa do uso destas impurezas vegetais para produção de energia elétrica.

A colheita mecanizada melhorou a qualidade da cana em relação aos aspectos microbiológicos: uma matéria-prima com menos bactérias, leveduras selvagens e aspectos de impurezas minerais, quando a agrícola já adaptou o solo para este tipo de colheita. Por outro lado, o aumento das impurezas vegetais diminui a extração, causa problemas na cor do açúcar, que já foram resolvidos parcialmente. A quantidade maior de folhas aumenta a concentração do ácido aconítico, que inibe a fermentação reduzindo o rendimento. Mas novas leveduras lançadas no mercado são tolerantes a este ácido resolvendo este problema na fermentação. É importante fazer as contas e verificar o balanço para saber exatamente quanto se perde com o aumento de impurezas vegetais e quanto se consegue recuperar na geração de energia. Perde-se por um lado, mas ganha-se no outro.”


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