Com a melhoria do clima, as lavouras que foram bem tratadas deram resposta “extraordinária”
18-09-2015

Arroz com feijão que nada! Com a baixa receita e o alto endividamento, usinas e produtores de cana têm conduzido os canaviais nos últimos anos como podem, deixando inclusive de tomar procedimentos básicos, como formar viveiros primários. Sobreviver é a palavra de ordem.

“Ninguém quer deixar o canavial envelhecido, ninguém quer deixar de adubar a soqueira direito. Não quer deixar de plantar a melhor variedade. Mas se faz primeiro pra sobrevier”, diz Antonio de Padua Rodrigues, diretor técnico da Unica (União da Indústria de Cana-de-açúcar).
“O processo como um todo tem que ter uma guinada forte. O que levou a isso é a falta de receita e endividamento. E as empresas foram se endividando. Na hora de plantar, por exemplo, muita usina usa a variedade que tem”, acrescenta.
O quadro ficou pior no ano passado, quando além de muitos canaviais não terem recebido o tratamento necessário, padeceram com o déficit hídrico.
Mas em 2015 as condições climáticas melhoraram. “Estamos em um ano mais chuvoso, e as lavouras que foram adubadas, tratadas com herbicida, etc, responderam de forma extraordinária”, afirma o engenheiro agrônomo Dib Nunes, diretor do Grupo IDEA.
Inclusive o clima favorável deve elevar a quantidade de cana disponível. “Espera-se até que, de acordo com as chuvas até o final do ano, o setor não consiga moer toda esta cana. Vai depender da quantidade de cana que teremos e do quanto chover, mas se a chuva cair normalmente deveremos terminar a safra com cerca de 20 milhões de toneladas de cana bisada”, informa Dib.

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