Com aplicação de maturadores no meio de safra e retorno superior a R$ 2 milhões, a COFCO é bicampeã do Desafio MultiplicAção
10-12-2018
A segunda colocada foi a Usina Anicuns, do Grupo Farias. E a terceira foi a Usina Descalvado, do Grupo Ipiranga
Há três anos, a Syngenta lançou um desafio ao setor sucroenergético nacional: utilizar o maturadorModdus no meio de safra, período não muito comum ao uso desse tipo de produto.
De acordo com o gerente de marketing da Syngenta, Leandro Boncompagni, o objetivo do Desafio MultiplicAção é demonstrar que essa ferramenta pode incrementar rentabilidade, com ganhos significativos de ATR (açúcar total recuperável) por hectare, mesmo nessa época de baixa adoção.
Boncompagni relata que 2018 foi ainda mais desafiador para os participantes do Desafio, devido a severa estiagem registrada no Centro-Sul no período de abril a setembro. "A cana maturou naturamente em diversos casos. Mas é isso que queremos comprovar. O maturador não é um produto para ser utilizado apenas em função do clima. É uma ferramenta técnica e que pode ser de grande valia para ganhos de produtividade e rentabilidade."
De acordo com ele, ajustando o plantel varietal e aumentando o uso de maturadores, o ATR médio da safra poderia atingir 145 kg por tonelada de cana-de-açúcar.
Ao longo da-feira (06), as 13 usinas finalistas apresentaram seus cases perante uma banca examinadora. A grande vencedora do Desafio MultiplicAção 2018, foi a COFCO International,pelo segundo ano consecutivo, sagrou-se campeã. A segunda colocada foi a Usina Anicuns, do Grupo Farias. A terceira colocação ficou para a Usina Descalvado, do Grupo Ipiranga.
Os vencedores, junto de seus respectivos RTVs, ganharam um MBA de sua escolha a ser pago pela Syngenta.
APLICAÇÃO DE MATURADORES NO MEIO DE SAFRA NA COFCO RESULTOU NUM RETORNO AGRÍCOLA DE MAIS DE R$ 2 MILHÕES
A COFCO International realiza, anualmente, aplicações de maturadores no início e final de safra. No meio do ciclo, a ferramenta não era utilizada.
Visando reverter esse cenário, a Syngenta convidou a empresa a participar do Desafio MultiplicAção e maturar também no meio do ano.
O coordenador de desenvolvimento da COFCO, Tadeu Cury, explica a metodologia do experimento. Foram separadas duas áreas distintas. Em cada uma delas, havia uma testemunha e uma área de testes. Foram realizadas análises tecnológicas no ponto zero e a cada 15 dias. As avaliações foram feitas ao final de 45 dias. A aplicação do produto foi feita seguindo critérios técnicos.
"Choveu 49,5 mm da data aplicada até a colheita do experimento, valor bem abaixo da média histórica. Porém, mesmo com a seca, tivemos mais produtividade do que o registrado no ano passado."
Na primeira área, em relação ao ponto zero, o ATR cresceu 12,6 kg/ton. Na segunda, tanto a testemunha quanto o canavial de testes registraram valores similares. Todavia, uma chuva aos 30 dias derrubou o ATR da testemunha, enquanto que o ATR da área maturada manteve um crescimento linear, sem quedas.
Ao final do experimento, o retorno agrícola foi de mais de R$ 2 milhões.
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Fonte: CanaOnline