Com clima pesando nas decisões, contratos futuros do açúcar fecham mistos em NY
19-06-2024

O clima continua pressionando os mercados do açúcar nas bolsas internacionais, com incertezas sobre as safras de cana-de-açúcar nos dois principais players do mercado: Brasil e Índia.

Ontem (18) a analista de açúcar da corretora Hedgepoint Global Markets, Livia Coda destacou que "atualmente, os fatores impulsionadores do mercado estão ligados ao clima. Pode ser um pouco monótono, mas traz grandes incertezas”.

Segundo a Reuters, os analistas observaram que o clima seco no Brasil continuava a ser uma preocupação e ameaçava reduzir as condições das plantações de cana. “Também há muita atenção sobre o clima na Índia, onde boas chuvas de monções são necessárias para o desenvolvimento adequado da cana-de-açúcar”.

Com este cenário em mente a bolsa de Nova York (ICE Futures) fechou mista nesta terça-feira (18), com baixa nas quatro primeiras telas e valorização nos contratos de longo prazo. O lote julho/24 do açúcar bruto foi negociado ontem a 18,92 centavos de dólar por libra-peso, variação negativa de 6 pontos, ou 0,3%, no comparativo com os preços da véspera. Já as telas outubro/24, março e maio/25 caíram 7, 3 e 2 pontos, respectivamente. Os demais contratos subiram entre 1 e 2 pontos.

Londres

Em Londres, na ICE Futures Europe, a terça-feira foi de baixa em todos os lotes do açúcar branco. O contrato agosto/24 caiu 1,90 dólar, negociado a US$ 546,60 a tonelada. Já a tela outubro/24 caiu 1,60 dólar, negociada a US$ 532,90 a tonelada. Os demais lotes recuaram entre 1 e 2,30 dólares.

Mercado doméstico

O mercado interno voltou a subir nesta terça-feira pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada pelas usinas a R$ 136,69 contra R$ 136,28 de segunda-feira, valorização de 0,30% no comparativo entre os dois dias.

Etanol hidratado

Pelo terceiro dia consecutivo o etanol hidratado se manteve valorizado pelo Indicador Diário Paulínia. Ontem, o biocombustível foi negociado pelas usinas a R$ 2.495,00 o m³, contra R$ 2.469,00 o m³ praticado na segunda-feira, valorização de 1,05% no comparativo.

Rogerio Mian

Fonte: Agência UDOP de Notícias