Com menos cana, desafio é manter o volume de produção de etanol anidro para não reduzir a porcentagem na gasolina
26-08-2021

O etanol anidro é misturado à gasolina comum, em um porcentual obrigatório de 27%. O setor sabe que, se esse percentual for reduzido, para retomá-lo pode ser difícil

O equilíbrio de preço entre o açúcar e etanol, passa pelo porcentual de adição de etanol anidro na gasolina, que é de 27%. Segundo as entidades, o uso do etanol no Brasil é referência mundial. Oferece benefícios econômicos, técnicos e ambientais para o Brasil. O etanol permite um melhor aproveitamento da capacidade de refino interno, reduz a necessidade de importação de combustíveis e proporciona redução de 15% nas emissões de gases de efeito estufa em comparação à gasolina pura.

Sempre que surgem propostas para reduzir esse percentual, o setor reage com veemência, pois significa perda de mercado, além disso, após uma redução da mistura, é necessário travar uma guerra para recuperá-la, como já ocorreu em outras vezes.

Por isso, frente a esse cenário de forte quebra de safra na região Centro-Sul do Brasil - que segundo vários integrantes que pode ser entre 20% a 30% do ciclo passado, que foi de 605 milhões de toneladas -, o desafio do setor é manter o volume de produção de etanol anidro, que no ciclo anterior foi de 9,6 bilhões de metros cúbicos, para a permanência dos 27% da mistura.

Para isso, surge hipóteses de reduzir a produção de hidratado e de o próprio setor aumentar a importação de etanol de milho dos Estados Unidos, o problema é que lá também haverá quebra de safra.

Fonte: CanaOnline