Começa hoje o Ethanol Summit. A relação Petróleo e biocombustíveis será um dos temas
06-07-2015

A 5ª edição do Ethanol Summit começa hoje no Golden Hall do WTC, em São Paulo. Lançado em 2007 e realizado a cada dois anos, o encontro reúne empresários, autoridades de diversos níveis governamentais, pesquisadores, investidores, fornecedores e acadêmicos do Brasil e do exterior. São esperados cerca de 1.500 participantes para acompanhar quase uma centena de palestras, apresentações, discussões e debates que vão acontecer em grandes plenárias, painéis temáticos e cerimônias de abertura e encerramento, além de eventos paralelos. O evento tem seu encerramento amanhã.

Um dos temas que serão abordados hoje no evento são as fortes variações do preço do petróleo e o seu impacto na matriz energética brasileira, inclusive no mercado de biocombustíveis. Intitulado "O Impacto da Nova Realidade do Petróleo no Pré-Sal e nos Biocombustíveis," o debate contará com a participação de autoridades e especialistas profundamente conhecedores do tema.

Já estão confirmados nesta plenária, a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard; a presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Elizabeth Farina; o secretário-geral da Associação Europeia de Etanol Renovável (ePURE), Robert Wright, o diretor do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de S. Paulo (IEE/USP), Ildo Sauer; e o conselheiro geral da Renewable Fuels Association (RFA), Ed Hubbard.

Após permanecer por muitos anos na casa dos US$ 100 por barril, o petróleo caiu vertiginosamente de preço no mercado internacional. No começo de junho, o barril do Brent, considerado a referência do mercado, estava pouco acima de US$ 50. Isso ocorreu porque grandes produtores, como Iraque e Líbia, abriram mão de parte de seus lucros para poder vender mais. Os Estados Unidos, por sua vez, têm investido cada vez mais na produção do gás de xisto, mais barato que o petróleo, reduzindo a demanda global.

Esse cenário cria uma situação específica para o Brasil. Aqui, a principal aposta da Petrobras são os mais de 16 bilhões de barris de petróleo das reservas provadas do pré-sal, que foi alçada em setembro de 2008 à categoria de solução energética para o País. Agora, as expectativas para essa imensa reserva sofrem os impactos causados pela queda dos preços. A baixa das cotações pode ser vista como um grande desafio, não apenas para a indústria petrolífera, como também para a de biocombustíveis.

A plenária "Impacto da Nova Realidade do Petróleo no Pré-Sal e nos Biocombustíveis" será realizada hoje, às 15H15.

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