Como a São José da Estiva controla a Ferrugem alaranjada
04-10-2016

Doença que pode reduzir entre 30% a 50% de toneladas de cana por hectare


A Ferrugem alaranjada (Puccinia kuehnii) é uma doença que pode causar redução na produção agrícola dos canaviais na ordem de 30% a 50% em TCH (toneladas de cana por hectare) e de 15% a 20% no teor de sacarose dos colmos. A doença se desenvolve no final do ciclo da cultura canavieira, favorecida por verões úmidos com temperaturas amenas (21°) após um período de molhamento foliar acima de 12 horas. As regiões central e leste do Estado de São Paulo são as mais favoráveis para o desenvolvimento da doença, seguidas da região do Oeste Paulista, que apresenta condições climáticas menos adequadas.

E esse, aliás, foi um dos motivos que fizeram com que a Usina São José da Estiva, de Novo Horizonte, SP, não tivesse registrado, até o ano de 2012, grandes casos de Ferrugem alaranjada. O gerente agrícola da Unidade, Júlio Vieira de Araújo, conta que em 2013 alguns canaviais da empresa foram mais comprometidos com a doença, porém, devido ao bom uso de fungicidas, as produtividades não foram severamente impactadas.

Foram duas as variedades da Empresa que tiveram maiores problemas com a doença. A SP 81-3250, que corresponde a 3% da área, e a CTC 15, encontrada em 15% dos canaviais. “Não temos a intenção de eliminar a CTC 15 de nosso plantel, pois é ela é um material rústico e muito produtivo. Por isso, temos trabalhado fortemente no controle preventivo, para não deixar a doença entrar. Até o momento, os resultados têm sido muito animadores”, afirma Araújo.

O gerente explica que, para esse monitoramento, a Usina conta com uma equipe técnica bem treinada que faz avaliação das áreas com potencial risco de surgimento da Ferrugem a cada 15 dias, com especial atenção durante os meses de novembro a fevereiro. “Caso sejam encontrados vestígios da doença, procuramos, imediatamente, entrar com a aplicação de fungicidas para não perder o timing. Após esse processo, é realizada, ainda, uma vistoria nessas áreas, para verificar a necessidade de uma segunda aplicação”, finaliza.

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