Como em qualquer cultura agrícola, produzir cana-de-açúcar depende muito das oscilações do clima
23-10-2015

Depois de mais de vinte dias de estiagem em outubro na região de Ribeirão Preto, uma chuva caiu com vontade na noite de ontem (quinta-feira, dia 22 de outubro). No entanto, depois de um mês de setembro chuvoso, a seca que tem marcado outubro confirma o quanto a cultura da cana-de-açúcar também é bastante dependente do clima. Para os produtores e gestores das usinas, lidar com as oscilações do clima é resolver uma equação diária. 

“O sofrimento é grande”, brinca Mário Gandini, o Marinho, diretor agroindustrial da Usina São Martinho. A safra 2015/16, marcada por um bom regime de chuvas até aqui, já está na reta final no Centro-Sul. Inclusive, algumas usinas estimam o volume de cana bis que terão, outras tentam tirar o atraso da colheita decorrente das chuvas, e a maioria comemora o crescimento da produtividade e a queda do ATR. Sem contar os efeitos do florescimento, das ventanias etc. São muitas as variáveis relacionadas às condições climáticas.
“Mas o que dizer para o ano que vem”?, indaga Gandini, que já está debruçado no plano de negócios de sua companhia para o próximo ano. Ele precisa calcular o volume de cana a ser colhido em 2016, quantidade de ATR disponível etc, mas o problema são as oscilações de humor de São Pedro.
“Até outubro eu falava que voltaríamos à produtividade normal. Mas outubro já ficou sem chuvas nos 15 primeiros dias, além de muito calor. Isso sem falar de setembro, que já vinha com bastante umidade. Nós sabemos que a cana cresce pelo menos 5% de outubro a fevereiro, se fosse linear seriam 15% ao mês. Se eu perco 15 dias, eu perco 7,5% da produtividade do canavial. É simples calcular, mas nós já estamos tendo perda com essa seca de outubro”, explica Gandini.

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