Companhia de Bioenergia de Angola pretende protecção da concorrência internacional
07-03-2019

A direcção da Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom) pretende a adopção de medidas que protejam a indústria açucareira angolana e que “eliminem a concorrência desleal entre o açúcar nacional e o importado”, disse o director-geral adjunto.

Luís Bagorro Júnior, citado pelo Jornal de Angola, sublinhou que a colocação do açúcar produzido pela empresa no mercado angolano tem estado a ser condicionada pelo excesso de importação do produto.

O director-geral adjunto, que prestava declarações no final de um encontro de auscultação entre os responsáveis da referida unidade fabril e os secretários de Estado da Indústria e da Agricultura, Ivan do Prado e José Carlos Bettencourt, respectivamente, elogiou o Decreto n.º 23/2019, que visa regular a produção interna e criar incentivos aos produtores nacionais.

Elogiou igualmente a subsidiação em 45% do gasóleo para a actividade agrícola a partir de Abril de 2019, o que vai ajudar a companhia a poupar três milhões dos oito milhões de dólares que gasta anualmente na compra de combustíveis.

“Este subsídio vai permitir baixar os preços de produção e, em consequência, os preços de venda”, disse Bagorro Júnior.

Instalada no município de Cacuso, a 75 quilómetros da cidade de Malanje, a Biocom é um dos maiores projectos agro-industriais angolanos, liderada pelo grupo brasileiro Odebrecht, que detém 40% do capital da sociedade, sendo os restantes 60% partilhados entre o grupo angolano de capitais privados Cochan, com 40% e a estatal Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola (Sonangol) com 20%. (Macauhub)