Conferência UNEM DATAGRO sobre Etanol de Milho: campo brasileiro é a nova Petrobras, destaca ministro Fávaro
04-04-2025

Na abertura do evento, nesta quinta-feira (3), em Cuiabá (MT), titular da pasta da Agricultura classifica o programa brasileiro de etanol como exemplo para o mundo
Na abertura da 2ª Conferência Internacional UNEM DATAGRO sobre Etanol de Milho, nesta quinta-feira (3), em Cuiabá (MT), o ministro da Agricultura e Pecuária (Mapa), Carlos Fávaro, classificou o programa brasileiro de etanol como exemplo para o mundo. "O campo se tornou a nova Petrobras. A nova Opep - em alusão à organização que reúne os principais países produtores de petróleo - é o campo brasileiro."
"Estamos aqui hoje para escutar as demandas do setor produtivo, com o objetivo de buscar eficiência e fortalecer ainda mais a competitividade para os biocombustíveis", ressaltou o ministro.
Em sua exposição, Fávaro recordou que a Lei do Combustível do Futuro, sancionada em 2024, colocou, em definitivo, os biocombustíveis na matriz energética do país. O ministro reafirmou o compromisso do governo federal em aumentar de 27,5% para 30% a mistura do etanol anidro na gasolina.
"É bom para o Brasil, do ponto de vista ambiental, e também econômico, porque a gasolina se mantém mais barata, exatamente pela mistura com o etanol." Ao encerrar, Fávaro ressaltou, ainda, que no Brasil não há competição por terra, nem antagonismo no que diz respeito à produção de alimentos e de energia a partir de base agrícola.
Etanol de milho
Em sua fala, o presidente da DATAGRO, Plinio Nastari, enfatizou o avanço da produção de etanol de milho no Brasil que, nesta safra 2024/25, recém concluída, atingiu 8,2 bilhões de litros. Projeções apresentadas pelo presidente da Unem, Guilherme Nolasco, apontam que este volume tem potencial para, no mínimo, dobrar até 2030.
Nastari salientou que a cadeia produtiva do etanol de milho é exemplo de uma virtuosa integração em curso no agro brasileiro ao contemplar a produção de alimentos, energia limpa e renovável e ingredientes para ração animal - como o DDG, resíduo do grão usado para fabricação do biocombustível, que apresenta elevado valor proteico. "A industrialização do milho valoriza o grão para o produtor, trazendo desenvolvimento socioeconômico."
Também presente à solenidade de abertura do evento, o governador do Mato Grosso, Mauro Mendes, lembrou da força do estado na produção de etanol de milho - com 5,5 bilhões de litros - o que o posiciona na 2ª colocação no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo. Pedro Robério, presidente do Sindaçúcar-AL e coordenador de agro da CNI; Renato Cunha, presidente da NovaBio; e Amaury Pekelman, presidente da Biosul; também participaram da cerimônia, que foi encerrada com homenagens ao ministro Fávaro e ao governador Mauro Mendes, como embaixadores do etanol de milho.
Fonte: Uagro