Cresce o uso de VANT no setor sucroenergético
13-10-2016

Um dos benefícios é localizar, com precisão, locais onde há matocompetição ou falhas de cana-de-açúcar

Cada vez mais é comum encontrar um aparelhozinho sobrevoando os canaviais. Conhecido como VANT (veículo aéreo não tripulado), essa pequena aeronave se caracteriza por não necessitar de pilotos embarcados para ser guiada. São controlados a distância por meios eletrônicos e computacionais, sob a supervisão e governo humanos, ou sem a sua intervenção, por meio de Controladores Lógicos Programáveis (CLP).

O VANT captura imagens aéreas da plantação para identificar problemas e obter dados precisos de propriedades, fazendas, talhões e áreas circunvizinhas. A ferramenta pode, por exemplo, fazer levantamentos cadastrais do local, como tamanho de estradas, declividades do terreno, delimitação de quadras, áreas de preservação permanente, matas, reservas legais, localização de árvores, curvas de nível e áreas alagadas.

Outro benefício do VANT é o fato de localizar, com precisão, locais onde há matocompetição ou falhas de cana-de-açúcar. A aeronave é capaz, ainda, de identificar zonas com solo exposto, mensurar áreas atingidas por incêndios, ventos e outros tipos de efeitos naturais e verificar pontos de erosão.

A gerente de projetos da Coopercitrus, Alessandra Julianetti Barreto, afirma que o uso de imagens áreas aplicadas às áreas de produção de cana-de-açúcar é uma ferramenta de gestão agronômica indispensável, que identifica as oportunidades de melhorias no processo produtivo da cultura canavieira. “Para os pequenos, médios e grandes produtores diminuírem seu custo de produção é necessário aumentar a produtividade, que virá apenas com a utilização de novas tecnologias e a implementação da Agricultura de Precisão.”


LINHAS DE PLANTIO

Para Alessandra, um dos principais serviços realizados pelo VANT é o de emissão de mapas de linhas de plantio. “Caso o produtor não tenha condições de investir em um piloto automático para o plantio, a aeronave sobrevoa a área e marca as linhas. Após isso, é gerado um mapa para a Usina, que poderá fazer a colheita munida do piloto automático. Dessa forma, não há pisoteio da cana ou arranquio de soqueira”.

Na Agrícola Rio Claro, localizada em Lençóis Paulista, o diretor Luiz Carlos Dalben já está trabalhando com o VANT visando realinhar as linhas de sulcação e colheita. Segundo ele, tem havido uma distorção entre o sinal terrestre e o do satélite, que causou diferenças de até 45 cm na colheita, principalmente nos locais onde a topografia é mais acentuada. “Já iniciamos o recolhimento dos dados com o VANT. No próximo ano, os arquivos serão utilizados nas colhedoras para que a colheita seja mais precisa e a máquina não sai tanto para os lados.”

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