Crescimento do PIB deve dobrar para 2% em 2020, aquecendo o consumo, inclusive dos produtos da cana
04-12-2019

O Brasil vai precisar de mais energia, e o setor tem para vender
O Brasil vai precisar de mais energia, e o setor tem para vender

Demanda por combustível e energia estão entre os itens que mais crescem quando a economia do país melhora

Nesta terça-feira, 3, os números do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, divulgados pelo IBGE, deixaram os economistas mais confiantes sobre a aceleração da atividade no país. O crescimento foi de 0,6% na base trimestral e 1,2% na base anual, acima da expectativa do mercado.

Além disso, houve revisão para cima dos dados de 2018 e dos primeiros trimestres do ano, sinalizando um resultado melhor também no ano que vem. Segundo economistas, já se pode vislumbrar um PIB com cara de 2% em 2020. O Goldman Sachs, por exemplo, prevê que, o crescimento da economia em 2019, fechará em 1,2% e em 2020 será de 2,3%.

De forma geral, o crescimento da economia brasileira tem sido puxado pela expansão do consumo das famílias e do investimento das empresas.

A expectativa de crescimento da economia brasileira para 2020, aumenta o quadro de maior demanda por energia elétrica, seja para uso doméstico ou industrial. Com isso, o sistema elétrico nacional necessitará de mais energia, valorizando o produto.

Boa notícia para o setor sucroenergético, já que, 62% de todo o volume de energia cogerada no País vem da biomassa da cana. Há a expectativa de que, a cogeração de energia no Brasil a partir da biomassa de cana-de-açúcar, com o RenovaBio, política de biocombustíveis que promete impulsionar o setor sucroenergético do país, tem potencial para crescer cerca de 57% até 2030. Atualmente, a capacidade instalada em usinas de cogeração movidas com cana é de 11,4 gigawatts, e mais 6,5 gigawatts poderiam ser adicionados nos próximos anos.

Economia aquecida também aumenta o consumo de combustíveis, e o setor é amplamente beneficiado, seja na elevação de maior consumo de etanol ou de gasolina, uma vez que, o combustível fóssil recebe a adição de 25% de etanol anidro.

Assim, o crescimento da economia do país, é muito festejado pelo setor sucroenergético.