Cultivo mínimo na lavoura do amendoim
04-11-2016

Cultivo mínimo pode ser alternativa para diminuição dos custos e possível aumento de produtividade

“Não existe como fazer agricultura sem ter a devida atenção no controle de custos”. Essa afirmação é do consultor Pedro Faria, um dos palestrantes do VIII Encontro Técnico de Amendoim, da BASF. Para ele, a agricultura brasileira vive, atualmente, numa fase em que tanto os custos quanto os riscos climáticos são crescentes, sendo que qualquer vacilo pode causar grandes prejuízos.

Durante sua palestra, o consultor falou sobre o cultivo mínimo, sistema em que o uso de máquinas agrícolas sobre o solo é mínimo, a fim de que haja menor revolvimento e compactação. Faria explica que, após a dessecação da lavoura anterior, o produtor deve realizar a aplicação em cobertura dos corretivos de solo, porém, diferente do preparo convencional, não será utilizado o calcário tradicional, devido ao fato de ele ser um produto pouco solúvel, demorando para penetrar no solo se for colocado em cobertura. “Assim, no cultivo mínimo, usa-se calcário calcinado, que vira óxido de cálcio e magnésio, possuidor de alta solubilidade, que penetrará e reagirá no solo muito mais rapidamente.”

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=7evEPDu50_I 
Confira uma operação de cultivo mínimo na cultura do amendoim

Após a aplicação desses corretivos, o produtor deverá aguardar 30 dias para realizar o plantio, que também será feito em cultivo mínimo, ou seja, utilizando um equipamento especial, que irá subsolar a linha e preparar uma faixa de 30 cm a 40 cm de largura, que agirá como uma cama para a semente.

“Essa é uma excelente alternativa ao preparo de solo convencional, que possui diversos problemas intangíveis, que afetam a produtividade, como compactação do solo, em decorrência de alta pluviosidade, ou erosão. O problema é que o produtor não consegue mensurar esse prejuízos, ficando fora das análises de custos.”

Faria observa que uma vez que a terra esteja coberta com a palha, ela estará mais protegida, fazendo com que os efeitos negativos do ambiente sobre a planta sejam minimizados. “No final, isso pode resultar em uma considerável diminuição dos custos de implantação de uma lavoura, que pode chegar a 10% do valor total.”

Além de menor custo, Faria afirma que o cultivo mínimo também pode entregar maiores produtividades, porém, esse valor pode variar de região para região. “Em ensaios realizados há dois anos, notamos que a produtividade do cultivo mínimo foi quase 25% maior do que a com preparo convencional. Entretanto, no geral, numa lavoura bem conduzida, você vê produtividades similares entre os dois sistemas.”

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