Custo da matéria-prima x Custo do açúcar e etanol:60% ainda prevalece?
07-05-2018

Glauber Santos e João Moraes

Uma das principais culturas do agronegócio brasileiro é a cana-de-açúcar, com expressivas áreas no território nacional e contribuição para a geração de emprego e renda. Embora o açúcar e etanol sejam os principais produtos deste setor, uma gama de outros produtos pode ser gerada. Do ponto de vista ambiental, a cana ganha importância por produzir o etanol combustível, o que permite diminuir a utilização do combustível proveniente do petróleo e ainda, sequestra o dióxido de carbono do ambiente no processo de fotossíntese durante o desenvolvimento da planta.

Apesar de toda importância no PIB a atividade precisa de uma atenção especial em prol de melhorias na rentabilidade de produtores independentes e usinas. Nos últimos anos, várias unidades de produção (agrícola e industrial) entraram em processo de dissolvência. Na intenção de entender os fatores envolvidos e aumentar a eficiência econômica no setor sucroenergético, foi realizado um estudo para levantar a representatividade da matéria prima (cana-de-açúcar) no custo de produção do açúcar e do etanol nas última 10 safras, com base no levantamento de custo de produção apurados pelo Pecege desde da safra 2007/08 até a safra 2015/16. Foram coletados os dados médios de aproximadamente 100 usinas ao longo do período, sendo estas localizadas na região Centro-Sul.

Desde a safra 2007/08, o PECEGE realiza um levantamento de custos de produção da cana-de-açúcar, açúcar e etanol (BIGATON, 2015). Onde a metodologia utilizada considera o custo total (agrícola e industrial), tanto para a área agrícola quanto industrial os custos foram segmentados em três grupos: COE, COT e CT. O “Custo Operacional Efetivo (COE)” refere-se à quantidade monetária efetivamente desembolsada nas atividades de produção diretas ao longo da safra, enquanto o “Custo Operacional Total (COT)” incorpora a esses custos as estimativas de custos de depreciações (segundo uma vida útil pré-determinada) de benfeitorias, de máquinas e equipamentos, a partir do montante de capital investido. Por fim, o “Custo Total (CT)” onde adiciona-se ao COT a remuneração do capital e da terra, entendidos como custos de oportunidade Como custo de produção agrícola, ou seja, o custo da matéria prima, considerou-se apenas os gastos com a cana própria, não entrando no modelo o custo de cana de terceiros.

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