Danila Montewka Melotto Passarin é uma das personagens do livro Mulheres da Cana-de-Açúcar
08-03-2023

O livro será lançado no 11º Encontro Cana Substantivo Feminino, em 30 de março de 2023, no Centro de Cana do IAC. Inscrições ESGOTADAS

Nessa frente de pesquisadores que utiliza a biotecnologia para o aperfeiçoamento da cana-de-açúcar está Danila Montewka Melotto Passarin, cientista do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Natural de Piracicaba, SP, Danila cresceu em um ambiente canavieiro, seu pai trabalhou no CTC na década de 1990, ela conhecia a empresa e pensou em fazer sua carreira lá.

Em 1997, ingressou no curso de Engenharia Agronômica na ESALQ e logo de cara se envolveu com a biotecnologia em cana-de-açúcar. “Vi oportunidade e pensei em focar nessa área, que é muito inovadora”, conta. Em 1999, iniciou estágio de iniciação científica no Departamento de Genética, e lá trabalhou com Maria Cristina Falco, que lhe ensinou a tecnologia de transformação genética da cana-de-açúcar. “A parte inovadora da biotecnologia que brilhava aos olhos era gerar cana transgênica e fazer algo disruptivo e inovador para o mercado, e foi então que me apaixonei.”

Em 2001, antes de concluir a graduação, surgiu a oportunidade de fazer estágio profissionalizante nos EUA, na Universidade de Idaho. Participou de um projeto de fitorremediação, construindo bibliotecas de DNA, com o propósito de tornar a planta resistente aos metais pesados do solo.

Danila retornou ao Brasil no final de 2001 e se formou em Engenharia Agronômica. “Tive o privilégio de me formar em primeiro lugar. Ganhei oito prêmios. Isso deu grande visibilidade e abriu portas. Meu objetivo era ingressar no mercado como pesquisadora. Para isso, iniciei a pós-graduação com a Profa Helaine Carrer no CEBTEC/ESALQ, onde fiz mestrado e doutorado no curso de Fisiologia e Bioquímica de Plantas. Meu mestrado foi focado em estudar o DNA do cloroplasto de espécies e híbridos de cana-de-açúcar e avaliar a variabilidade genética comparada com outras espécies de gramíneas. No doutorado, iniciei o projeto de transformação genética do DNA cloroplastidial da cana, que era algo extremamente inovador e disruptivo, entretanto tive dificuldades técnicas. Fiz a mudança do objetivo do projeto, e defendi minha tese de doutorado sobre transformação genética do DNA nuclear da cana por dois métodos: Agrobacterium e biobalistica, com um gene para resistência  aos estresses bióticos e abióticos.”