Danos da broca-de-cana no campo e na indústria
14-10-2016

A cada 1% de colmos atacados, há perda de até 35 kg de açúcar e de 30 litros de etanol por hectare

Devido à intensificação dos processos de colheita mecanizada, o reinado da broca-da-cana-de-açúcar (Diatrea saccharalis) continua intocado. É comum encontrar canaviais com altos índices de infestação dessa praga, com valores que variam entre 3% a 10%. E o prejuízo é grande. Quando jovem, a lagarta alimenta-se das folhas para depois penetrar pelas partes mais moles do colmo. Nesse momento, ela abre galerias de baixo para cima, que podem ser longitudinais ou transversais.

Os danos diretos causados pela abertura dessas galerias passam pela perda de peso, morte da gema apical da planta, enraizamento aéreo, germinação das gemais laterais, até o tombamento da cana pelo vento (caso as galerias forem transversais). Em canas novas, a broca pode causar também o secamento dos ponteiros e morte da planta (dano conhecido como "coração morto"). Estimativas apontam que, a cada 1% de colmos atacados, há perda de até 35 kg de açúcar e de 30 litros de etanol por hectare.

Porém, não é apenas no campo que a broca causa problemas. Na indústria, ela também é responsável por vários impactos negativos, como sobre o rendimento industrial e na qualidade do produto final, especificamente do açúcar, que tem sua coloração alterada. Isso acontece, porque as galerias criadas pela praga são portas de entrada de microrganismos, como fungos e bactérias. A inversão de sacarose e as infecções nas dornas de fermentação também estão entre os danos indiretos causados pela abertura das galerias.

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