De pequeno produtor de goiaba a um dos maiores processadores de alimentos do país
02-02-2018

Entre os 2800 permissionários da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) está o “seu” Valdenir Rossi. O produtor de goiaba de Vista Alegre do Alto, SP, estava certo ao investir em seu objetivo de “ser parte da Ceagesp”. Ao unir empreendedorismo, gestão eficiente, empenho em produzir frutos com qualidade e as possibilidades abertas por comercializar seus produtos na maior central de abastecimento da América Latina, “seu” Valdenir transformou a pequena produção de goiaba no Grupo Val, não só a maior fornecedora de goiaba do país, mas uma processadora de mais de 40 produtos, como sucos, doces, atomatados, conservas e temperos.

A goiaba é o carro-chefe do Grupo, mas nas terras da Val ainda são produzidas carambola, caju e manga. A empresa também comercializa na Ceagesp atemoia e graviola, produzida por terceiros. Roberto Vendramini Rossi, diretor do Grupo, informa que a área agrícola da Val produz 24 mil toneladas/ano de goiaba, desse volume,11 mil toneladas/ano são destinadas ao mercado de mesa e as outras 13 mil toneladas seguem para o processamento industrial. Também são adquiridos de terceiros mais 3,6 mil ton./ano de goiaba para o mercado de mesa.
Por ano, o Grupo Val entrega no ETSP 14,6 mil toneladas de goiaba, 1,5 mil de manga, 2 mil de carambola, e 800 toneladas de caju.

Roberto salienta que a Val preza muito o frescor das frutas, o emprego de embalagens padronizadas de boa aparência, frutas isentas de resíduos e garantia de maior vida de prateleira. O executivo salienta que a obtenção de produtos com qualidade começa na lavoura. O parque agrícola da Val conta com 820 hectares (h), dos quais 650 h são destinados para a produção de goiabas, 120 h para mangas e 50 h para caju e carambola. A produção é irrigada e recebe poda (desbaste de ramos e frutas) nas épocas adequadas. São empregados manejo integrado de pragas e doenças, manejo da fertilidade e conservação do solo e técnicas de fruticultura em geral.

Além dessas práticas agrícolas as frutas passam por um moderno sistema de classificação no packing house (casa de empacotamento) onde são separadas por defeitos, cor e peso e após o acondicionamento nas embalagens seguem para a cadeia de frio até os pontos de venda. “Com o planejamento das práticas de produção, as frutas são colhidas e distribuídas diariamente o ano todo, ou seja, conseguimos manter nossos clientes o ano todo com frutas fresca”, diz o diretor da Val.

A colheita é manual. A Val agrícola emprega 150 funcionários fixos, o que gera três funcionários ha/ano. Após a colheita as frutas são transportadas até o packing house onde são imersas em um tanque com água clorada, classificadas por defeito, cor e peso e acondicionadas em caixas de diversos tipos. Depois entram em uma sala climatizada, onde é realizada a separação dos tipos de embalagens e variedades e paletizadas. E, por fim, os paletes seguem para as docas de carregamento nos caminhões refrigerados que serão distribuídos para os pontos de vendas.

Segundo Roberto, o mercado de fruta in natura de goiaba vem sofrendo muita competividade com a própria fruta e outras frutas de época, o que tem exigido muito profissionalismo no ramo para gerir o negócio. “A Ceagesp é muito importante para nós, é o canal de distribuição onde todas as redes se encontram (supermercados, hortifrútis, etc), onde todo o tipo de negócio acontece, facilitando a distribuição em um único ponto de venda, para o Brasil todo de norte a sul. Também é importante para o consumidor, pois possibilita a acessibilidade a frutas que não são produzidas na sua localidade”, observa.

Mesmo com todas as vantagens oferecidas pela Ceagesp, Roberto acredita que ainda há o que ser aperfeiçoado. “Como todo o negócio podemos melhorar em vários aspectos como: vendas e acompanhamentos on-line, melhoria na infraestrutura da Ceagesp, novos cultivares para melhor qualidade para o consumidor.”
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