Depois de vários anos segurando investimentos, hoje de 20% a 30% das colhedoras estão sendo superutilizadas
13-04-2016

Para o consultor Luis Antonio Bellini, membro do Gmec (Grupo de Motomecanização no Setor Sucroenergético), apesar de a agroindústria canavieira estar saindo de um longo período de crise, os executivos do setor se mantém com pés no chá diante da necessidade represada de investimentos em motomecanização. “Vamos retomar, o dinheiro está vindo, a remuneração está boa, mas não vejo ninguém fazendo loucuras. Ninguém está comprando desesperadamente. Na crise se aprende a trabalhar com os recursos que se tem.”

Um exemplo de que usinas e produtores estão cautelosos vem da necessidade de investimento na frota de colhedoras de cana. “Considerando que temos uma frota, que está com cerca de 5 anos ou mais de utilização, mas deveria estar com 3,5 anos, acredito que hoje temos de 20% a 30% das colhedoras sendo superutilizadas por conta de uma crise que se instalou e segurou o investimento.”
Para ele, esse é um quadro delicado, que indica que grande número de máquinas deveria ser substituído. “Não acho que com a melhoria da remuneração que temos agora, as empresas vão sair comprando. Também se não aprendessem isso [a investir com cautela], depois de tantos anos de aperto e dificuldades financeiras, seria um problema.”


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