Desafio CANAMAX chega para estimular a produtividade da cana
11-09-2014

Nos últimos tempos, a agroindústria canavieira brasileira tem sentido fortemente no caixa o peso da equação custo/produtividade. Enquanto os custos de produção se elevaram, a produtividade despencou. Se no passado já atingiu média de 90 toneladas por hectare, na safra 2012/13 caiu para 67,3 t/ha. A safra 2013/2014 fechou em 74,1 t/ha. Para a safra 2014/15, a expectativaera voltar à casa das 80 t/ha, mas a estiagem frustrou essa recuperação.

Isso tem impactado a saúde financeira da empresa, já que cada tonelada a mais produzida na mesma área faz muita diferença. De acordo com levantamento da consultoria IDEA, os canaviais com produtividade de 80 toneladas por hectare apresentam um custo médio de produção entre R$ 70,00 a R$ 72,00 por tonelada de cana. Já aqueles com produtividade de 90 toneladas, o custo cai aproximadamente R$ 12,00. Essa relação deixa claro que com maior produtividade o investimento é mais diluído, resultando em um custo final menor por tonelada de cana.
Para ajudar o setor sucroenergético a reverter esse quadro, o CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), em parceria com a BASF, lança o 1º. Desafio de Produtividade da Cana – CANAMAX – CTC/BASF - Soca da Safra 2014/2015.
O desafio é aberto para os clientes BASF da região Centro-Sul. As unidades interessadas devem conferir o regulamento completo no site www.desafiocanamax.com.bre fazer a inscriçãode 05 de setembro até 31 de outubro de 2014 (ou até que o programa atinja 30 inscrições).
O programa terá duas diferentes categorias para participação:
• 1º) Cana Soca (de plantio de 18 meses) - CTC15 em Solo Restritivo
• 2º) Cana Soca de CTC2, 4 ou 20 em Solo Favorável

Os interessados poderão participar em uma ou nas duas categorias, desde que as inscrições sejam independentes.

“Acreditamos que é possível melhorar a produtividade atual apenas utilizando as ferramentas que já estão no mercado e fazendo um bom planejamento das atividades” diz VirgílioVicino, gerente de marketing do CTC, explicando que o foco do CANAMAX é criar um ambiente que estimule as equipes técnicas das usinas a ousarem em suas ideias, e utilizarem práticas de cultivo inovadoras, que possibilitem extrair o potencial máximo da cultura, com sustentabilidade e rentabilidade.
Carulina Oliveira, gerente de Marketing Cultivos (cana, citros e amendoim) da BASF, salienta que o Desafio é um convite ao uso do conhecimento e da prática dos profissionais ligados à área de produção. “Levaremos para o setor a mensagem de que é possível alcançar o tão desejado 3 dígitos. Vamos em busca de superações e consequentementeda redução no custo por tonelada produzida, como ocorre em outras culturas. Para isso, lançamos o Desafio CANAMAX”, diz
Segundo Carulina, o Desafio CANAMAX não é um projeto científico, mas um projeto piloto, que mostrará que pequenos passos farão grande diferença em curto espaço de tempo. “Queremos instigar os profissionais das usinas a participar, a buscar alternativas para produzir melhor. E será importante que eles envolvam outros profissionais, como pesquisadores e consultores para ajudá-los nesse objetivo.”
Todo o aprendizado adquirido na condução das áreas registradas no Desafio CANAMAX poderá ser transferido para o restante das lavouras, se comprovada a sua viabilidade, sustentabilidade e rentabilidade. Virgílio destaca que será uma fonte de inspiração para os vizinhos, gerando uma onda positiva de inovação.