Descobrindo o mundo das frutas
05-02-2018

Durante décadas, uma das peculiaridades da rodovia Anhanguera nas proximidades com a cidade de Jundiaí, no interior paulista, era as bancas de frutas instaladas às margens da pista. Os viajantes se deliciavam com a uva, figo e pêssegos produzidos na região.

Uma dessas pequenas bancas deu origem, há 60 anos, ao Grupo Benassi, um dos maiores comercializadores de frutas, legumes e verduras do país e da América Latina – importando e exportando produtos para a Europa, África e América. É na Benassi que trabalha, há nove anos, o cearense Jocelino Moreira, que confessa ter descoberto o mundo das frutas. “Eu era boia-fria no Ceará, nunca podia imaginar que existia tantas variedades de frutas no mundo. Trabalhando aqui, tive a oportunidade de fazer esse descobrimento e adorei, não só conhecer e saborear as frutas, mas principalmente apresenta-las às pessoas”, diz.

Jocelino atendeu a equipe da CanaOnline no box da Benassi localizado Entreposto Terminal São Paulo (ETSP) da Ceagesp, e, pelo jeito que explicou os diferenciais das frutas, ficou claro que se tornou um apaixonado pelo assunto. Falou sobre as qualidades da maçã orgânica produzida na Alemanha, o sabor diferenciado das frutas nacionais e de como as frutas exóticas como mangostin e pitaia têm chamado a atenção do consumidor.

Mas Jocelino sempre quer saber mais sobre os produtos, para informar corretamente seus clientes e, até para conferir se a forma de seleção atende aos padrões da Ceagesp. Isso inclui, conhecer o método de produção das frutas, por isso, nos contou todo satisfeito de que já foi convidado por empresas produtoras estrangeiras a visitar lavouras na Nova Zelândia, país produtor de frutos como o Kiwi, e no Chile, que nos abastece com uvas de mesa, ameixa, pêssegos, nectarinas e outras. Ficou encantado, principalmente pelos vinhedos chilenos que são irrigados com a água proveniente do degelo da Cordilheira do Andes. “Lá quase não chove, isso ajuda a uva fica mais doce. Uma delícia.”

Quem também transita pelo mundo das frutas é o jovem Wallace Solano Rodrigues, que trabalha faz quatro anos no Entreposto Terminal São Paulo (ETSP), entrou como menor aprendiz. Conta que não se cansa de se impressionar com o ‘universo Ceagesp’, com seu ritmo frenético, seus muitos corredores labirínticos, a imensidão de gente e a profusão de veículos. “Descobri uma cidade dentro da cidade de São Paulo. Uma cidade que também acorda cedo (4 da manhã), que tem um monte de gente de vários lugares do estado, do país, do mundo, e que tem até congestionamento em seus corredores, congestionamento de carregadores”, observa.

Wallace também está aprendendo um novo idioma, a língua falada pelos ‘habitantes da Ceagesp’. Isso mesmo, por entre os armazéns, silos e corredores corre um dialeto, onde a palavra boneca significa uma classe ou tamanho de batata; buquê é um cacho de bananas com 7 a 9 unidades; e que galinha se refere ao comprador que percorre os pavilhões e compra pouca quantidade de cada produto.

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