Dezembro deve encerrar com 242 usinas com safra finalizada na região Centro-Sul
14-12-2020

No acumulado desde o início da safra até 1º de dezembro, já são 214 unidades com a safra 2020/2021 encerrada

De acordo com o relatório de safra referente a segunda quinzena de novembro divulgado União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), em relação ao número de usinas em operação, 61 empresas encerraram a moagem na segunda quinzena de novembro. No acumulado desde o início da safra até 1º de dezembro, já são 214 unidades com a safra 2020/2021 encerrada, ante 206 verificadas no mesmo período de 2019. Para a próxima quinzena, outras 32 empresas devem finalizar as operações.

E o açúcar teve grande destaque na produção da maioria dessas usinas. A produção acumulada de açúcar na safra 2020/2021 atingiu a marca de 38,09 milhões de toneladas, com elevação de 44,16% em relação ao ciclo 2019/2020. O índice representa um recorde histórico da quantidade de adoçante produzido.

Na segunda quinzena de novembro, foram produzidas 427 mil toneladas de açúcar, valor 22,61% superior ao observado no mesmo período da safra 2019/2020.

Como reflexo, 46,30% da cana-de-açúcar foi destinada à produção de açúcar até o 1º de dezembro, ante 34,59% registrados na mesma data de 2019. A despeito desse fato, na safra 2020/2021 a maior parte da cana-de-açúcar processada (53,70%) continua a ser direcionada para a fabricação de etanol.

O volume de etanol fabricado na quinzena, por sua vez, registrou queda de 22,55%, com um total de 587 milhões de litros produzidos. O volume de etanol anidro aumentou 18,63%, atingindo 353 milhões de litros. A produção de etanol hidratado, em sentido contrário, apresentou redução de 49,16%, totalizando 234 milhões de litros.

Na segunda quinzena de novembro, 176,27 milhões de litros de etanol hidratado foram convertidos em etanol anidro, aumentando a oferta do biocombustível.

“A fraca demanda por hidratado estimulou a desidratação do produto e a conversão em etanol anidro, que deve ter oferta garantida na entressafra. A produção interna é suficiente para garantir a mistura obrigatória durante o período de pausa na moagem sem a necessidade de importação de produto”, explicou Antonio de Padua Rodrigues, o executivo da UNICA.

Fonte: CanaOnline com informações da UNICA