Diversificação de mercados e exportações são prioridades da nova direção do Ceise Br
01-02-2016

A maior demanda do Ceise Br (Centro Nacional das Indústrias do Setor Sucroenergético e Biocombustíveis) é trabalhar pela retomada do setor sucroenergético, o que é fundamental para garantir uma carteira de pedidos às empresas associadas à entidade. 

Inclusive este é um desafio que já foi muito trabalhado nos últimos anos, durante a gestão de Tonho Tonielo à frente da entidade, inclusive com forte atuação no campo político.
Desde 1º de janeiro de 2016 o Ceise Br tem uma nova diretoria, com Paulo Gallo na presidência. Apesar da nova gestão, os desafios são os mesmos dos últimos anos, tendo como complicador a crise política e econômica enfrentada pelo país.
Ou seja, o mandato de Gallo começa num cenário nacional delicado. Apesar disso, ele está confiante: “esperamos, a partir de 2016, começar a ver resultados do trabalho feito nos últimos anos e também ter uma recuperação gradual do setor sucroenergético, por conta da melhoria da remuneração do etanol e do açúcar”, garante.
Ele acredita que a crise é o momento perfeito para buscar oportunidades e prospectar. “Para que na hora que o mercado reaquecer estejamos prontos para a retomada.” A torcida dele é para que o segundo semestre de 2016 seja de forte recuperação para as indústrias que fazem parte da cadeia do setor sucroenergético.
Mas Gallo enxerga a necessidade de ampliar a atuação das empresas associadas ao Ceise Br. “Queremos em 2016 já começar um trabalho de diversificação de mercado, buscando outros segmentos da economia, e trabalhar mais fortemente em exportação, aproveitando o momento favorável do câmbio.”
De acordo com ele, as empresas ligadas à entidade já têm grande vocação para a diversificação para vários segmentos, uma vez que formam uma indústria de transformação e processos. “Fabricamos fábrica para outras fábricas.” Por isso, ele acredita que, em setores como óleo e gás, químico, papel e celulose, citrus, alimentos em geral, farmacêutico etc, as associadas ao Ceise possam encontrar muitas oportunidades. “Elas têm tecnologia e know how para atender praticamente qualquer segmento industrial.”
Nos últimos anos, de olho no potencial do segmento de óleo e gás, especificamente, as empresas do Ceise Br já realizaram várias ações, e algumas foram bem sucedidas. Porém, em 2015 o mercado se fechou, puxado pelas investigações da Lava Jato e depois pela queda vertiginosa dos preços do barril de petróleo. “Os investimentos pararam não por incompetência das nossas empresas, mas o mercado suspendeu todos os projetos. Certamente isso vai voltar, quem sabe já em 2017, ainda mais se houver recuperação dos preços do petróleo”, diz Gallo.
Na área de exportações, a Ceise Br aposta muito no potencial de mercados como o africano. Para facilitar a internacionalização das empresas associadas, a entidade formalizou recentemente um convênio com o APLA (Arranjo Produtivo Local do Álcool).
“A partir de fevereiro teremos uma sala do APLA operando em Sertãozinho. Toda semana o nosso empresário já poderá despachar a partir de Sertãozinho mesmo, sem precisar se deslocar até Piracicaba”, afirma Gallo.

 

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