Doce, mas não para todos!
20-10-2016

Muitas unidades sucroenergéticas não degustarão o sabor do alto preço do açúcar

O assunto mais comentado nos últimos tempos no setor sucroenergético é a valorização do açúcar, os preços estão em nível recorde no mercado brasileiro, beiram os R$ 100,00 a saca. E no mercado internacional, bateu os 23 cents de dólar por libra-peso e não será surpresa se as cotações chegarem perto de 30 cents/lb.

Mas os bons preços não serão aproveitados por todo o setor, das 370 unidades em atividade, pelo menos 100 apresentam situação de difícil à crítica. O setor enfrenta o maior nível de endividamento da história: em 2013, a alavancagem era de R$ 63 bilhões, e a safra 2016/17 iniciou com R$ 95 bilhões de alavancagem. Para se garantirem, muitas usinas fixaram o açúcar assim que chegou a 16 cents/lb, não ousaram arriscar à espera de preços maiores.

O mundo vai precisar de mais açúcar, e o Brasil, maior produtor mundial e responsável por 50% das exportações é quem direciona o mercado. Por isso, há grande expectativa sobre os investimentos do setor para aumentar a produção. No entanto, o quadro é bastante tímido em relação aos investimentos, surgem algumas instalações de fábricas de açúcar, mas nem pensar em novas unidades.

Nessa gangorra de sobe e desce dos preços do açúcar, parece que a maioria, escaldada pela última grande expansão canavieira, vai aproveitar o maior ganho para pagar as dívidas, fazer o arroz com feijão e reforçar o caixa para aguentar a próxima fase de baixa. Outros, em melhor situação, investirão para o aumento vertical da produção. Já, para outros, o doce preço valorizado do açúcar chegou tarde, muito tarde.

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