Dona Brites de Albuquerque, a “mãe de Pernambuco”, é uma das personagens do livro Mulheres da Cana-de-Açúcar
22-11-2022

Por volta de 1560, a capitania de Pernambuco tornou-se a maior produtora de cana-de-açúcar do mundo e isso deve-se muito a Dona Brites de Albuquerque

Em 1535, Duarte Coelho se instalou na Capitania de Pernambuco e se tornou o primeiro donatário, fundou a cidade de Olinda e tinha a missão de difundir a cultura canavieira pela região. O plano estava dando certo, no entanto, em 1550, Duarte Coelho, acatando uma solicitação do rei, voltou para Portugal com seus dois filhos e deixou em Pernambuco sua esposa, dona Brites de Albuquerque, para tocar os negócios da família, administrar a Capitania e expandir a atividade canavieira.

Mesmo distante da Corte, em um mundo estranho, cheio de perigos e dominado pela figura masculina, dona Brites não esmoreceu e sua gestão superou todas as expectavivas: negociou com os indios, abriu novos engenhos, ampliou área de cultivo, incrementou a comercialização do açúcar, ampliou as divisas da Colônia e o faturamento da família, bancando os estudos dos filhos em Portugal.

Duarte Coelho morreu em Portugal em 1554, dona Brites permaneceu em Pernambuco e morreu em 1584. Era chamada de Capitoa e considerada a mãe de Pernambuco. Sua gestão foi decisiva para que já no final do século XVI nosso País se tornasse o maior produtor e exportador de açúcar do mundo. Assim, o Brasil, Pernambuco e dona Brites deixaram o mundo mais doce. Com maior produção, os preços se tornaram mais acessíveis, possibilitando a socialização do açúcar.

Dona Brites é uma das personagens do livro Mulheres da Cana-de-Açúcar,  que será lançado durante o 11º Encontro Cana Substantivo Feminino acontecerá em 30 de março de 2023, no Centro de Cana do IAC, em Ribeirão Preto, SP. Um dos destaques do livro será o resultado da pesquisa Mulheres da Cadeia Bioenergética, um estudo inédito realizado em parceria com a PwC, contendo números de mulheres no setor, porcentagem em cargos de chefia, perfis, ações e políticas de diversidade.

Fonte: CanaOnline