Durante 7ª Canacampo Tech Show, mineiros pedem apoio à cultura canavieira
17-08-2015

No último dia 13, a CanaCampo - Associação dos Fornecedores de Cana da Região de Campo Florido, MG, realizou a 7ª Canacampo Tech Show. Além de exposição de tecnologia, o evento teve forte pauta política. Foi relançada no encontro a Frente Parlamentar de Valorização do Setor Sucroenergético Mineiro, que contou também com audiência pública da Comissão de Turismo, Indústria, Comércio e Cooperativismo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais.

O presidente da CanaCampo, Ademir Junior, agradeceu a presença de todos e da importância da reunião da Comissão e relançamento da Frente Parlamentar, se mostrando preocupado também com a atual situação do setor de endividamento com aumento constante dos custos de produção.

O presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (SIAMIG), Mário Campos, ressaltou durante a audiência pública a importância dos deputados presentes para aprovação da redução do ICMS do etanol hidratado de 19% para 14%, que entrou em vigor este ano e elevou o consumo de etanol hidratado em junho deste ano para 160 milhões de litros frente aos 54 milhões de litros do ano passado.

Porém, Campos disse que o setor passa por um momento delicado, se encontra ainda muito endividado, e com sérias dificuldades de empreender em Minas Gerais frente às exigências jurídicas, ambientais e em relação ao transporte da cana que só existem no estado e colocam em risco a competitividade das empresas mineiras frente a suas concorrentes de outras regiões. “Apesar de ter um número menor de empresas do que São Paulo, Minas Gerais tem um número de autuações bem maior que o estado vizinho”, lamentou Mário Campos.

O presidente do Grupo Coruripe, Jucelino Sousa, reforçou as palavras de Mário Campos, afirmando que o setor tem vivido de altos e baixos, porém, necessita de planejamento e agilidade nas ações, sendo “que o tempo que passa nos gabinetes é diferente da economia real”. Segundo ele, a redução do ICMS deu uma sobrevida, “uma boia, porém, existem vários tubarões rondando ao redor e talvez o setor não chegue em terra firme”. Pediu às autoridades presentes a contribuição para solução dos problemas do setor, frisando que muitos deles só existem em Minas Gerais, desestimulando o investimento no estado.

O produtor de cana-de-açúcar, representando os fornecedores, Marcos César Brunozzi, reforçou as palavras do presidente da SIAMIG e disse que os maiores problemas têm sido as exigências no estado quanto ao transporte de cana e o endividamento do setor. Para ele, a sustentabilidade econômica se faz com geração de emprego e renda, e isso só será possível se houver proteção da competitividade do setor.

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