É fogo!!!
09-07-2015
Em 2014, incêndios criminosos ou acidentais, segundo a UNICA, diminuíram a produção de cana em 15%. As perdas chegaram a cerca de 40 milhões de toneladas
Leonardo Ruiz
Quem diria que uma simples bituca de cigarro, jogada quase que “sem querer” da janela de um carro que está transitando por uma rodovia ou estrada rural, pode causar grandes prejuízos para as empresas do setor sucroenergético. O ato, praticado por inúmeras pessoas, tem uma ação parecida com a de um lança-chamas, incendiando matas e plantações de beiras de estradas, entre as quais, lavouras de cana-de-açúcar.
Mas não são apenas os cigarros que figuram como os principais causadores de incêndios. Queima de lixo e aquelas não controladas em pastos e canaviais, fogueiras, quedas de balões e rompimentos de cabos de alta tensão, além dos constantes atos de vandalismo, também estão as maiores causas.
O período de estiagem, que vai de abril a setembro no Centro-Sul, oferece o cenário perfeito para o aumento dos incêndios nos canaviais. Segundo o diretor-presidente do Grupo de Saúde Ocupacional da Agroindústria Sucroenergética (GSO), Mário Márcio dos Santos, essa época é marcada pelo tempo seco e baixa umidade do ar. Fatores esses que, associados com o vento e picos de temperatura, aumentam o risco de incêndios em áreas rurais e urbanas. “A palha deixada no campo pela colheita mecanizada traz inúmeros benefícios à cultura, porém, em conjunto com o período de estiagem, permite a propagação rápida do fogo em caso de incêndios, pois se encontra bastante seca e solta sob a superfície do solo”.
E 2014, que se apresentou como o de menor pluviosidade dos últimos 45 anos em alguns estados da região Centro-Sul, foi uma prova-viva desse fato. Dados da Polícia Ambiental indicam que, nos nove primeiros meses do ano, foram registrados quase três mil focos de queimadas e incêndios florestais no Estado de São Paulo. Um crescimento de 140% em relação ao mesmo período de 2013. Para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), esses incêndios diminuíram a produção de cana em 15%. As perdas chegaram a cerca de 40 milhões de toneladas.
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