EBITDA ajustado da Biosev atinge R$ 1,2 bilhão no 9M19, com aumento de 2,5 p.p. na margem EBITDA
13-02-2019

 

A Biosev S.A. (B3:BSEV3), uma das líderes do setor sucroenergético brasileiro, registrou no nono mês da safra 2018/2019 (9M19) um EBITDA ajustado de R$ 1,2 bilhão, com margem EBITDA de 24%, um aumento de 2,5 p.p. se comparado ao mesmo período da safra anterior.

O resultado em parte se deve à redução das Despesas Gerais e Administrativas, que caíram em 30,5%. “Nosso plano de competitividade operacional vem se mostrando eficiente, com redução de custos e um novo crescimento da margem EBITDA. Continuaremos a buscar maior eficiência operacional e geração de caixa nos próximos trimestres”, diz Juan José Blanchard, presidente da Biosev.

O volume de moagem foi de 28 milhões de toneladas no 9M19, resultado 3,8% inferior ao do 9M18. O índice foi devido à redução de 8,6% na produtividade medida pelo TCH, afetada principalmente pelo menor nível de chuvas de janeiro a março (período de formação de canaviais), o que foi parcialmente compensada pelo aumento de 7,7% na área colhida.

A produtividade dos canaviais medida pelo TCH atingiu 73,3 ton/ha no 9M19, uma redução de 8,6% ante o 9M18. No 3T19, atingiu 61,6 ton/ha, queda de 12,8%. O resultado também tem relação com a redução nas chuvas entre janeiro e março e a geada ocorrida na região do Polo MS no ano safra anterior.

O teor de ATR Cana consolidado foi de 132 kg/ton, um aumento de 0,1% ante o 9M18, que reflete a adequação do perfil varietal e do manejo do canavial. No 3T19, o ATR Cana consolidado atingiu 130,1 kg/ton, uma queda de 4,1% ante o 3T18. No período, a maioria dos Polos apresentou diminuição do indicador, influenciado negativamente pelo aumento no volume de chuvas no período.

A receita líquida, excluindo-se os efeitos contábeis (não caixa) do hedge accounting da dívida em moeda estrangeira (HACC), atingiu R$ 4,9 bilhões no 9M19, uma redução de 3,7%. Essa performance decorre principalmente dos menores volumes e preços de açúcar. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelos maiores volumes e preços médios de etanol e energia.

No 9M19, a receita líquida com performance de exportações de commodities, excluindo-se os efeitos contábeis (não caixa) do hedge accounting da dívida em moeda estrangeira (HACC), cresceu 45,6%, atingindo R$ 1,1 bilhão, ante os R$ 743 milhões de 9M18. A receita líquida de etanol foi de R$ 2,0 bilhões no 9M19, alta de 34,1%. No período de 3T19, o aumento foi de 26,4%, gerando R$ 754,5 milhões. Os resultados são impacto da decisão da Companhia de priorizar o etanol no mix de produção, que possuía maiores preços médios.

No 9M19, o CPV caixa ex-revenda atingiu o montante de R$ 1,9 bilhão, uma redução de 3,1%, devido à redução nos custos de matérias primas e de operações de revenda de açúcar, etanol e energia, principalmente compensado por maiores custos associados à compra de produtos para performance de contratos de exportação, por sua vez relacionados a vencimentos de dívida em moeda estrangeira.

O EBITDA ajustado ex-revenda/HACC (que exclui do cálculo da receita líquida os efeitos das operações de revenda de mercadorias e do hedge accounting de dívida em moeda estrangeira) foi de R$ 1,193 bilhões no 9M19, um aumento de 7,7% na comparação com 9M18. No 3T19, foi de R$ 409,0 milhões, 27,9% inferior ao do 3T18. O EBITDA ajustado (incluindo revenda/HACC) foi de R$ 1,255 bilhões no 9M19, 1,08% menor que o montante de R$ 1,278 bilhões registrado no 9M18. No 3T19, foi de R$ 471,6 milhões, 19,8% inferior ao 3T18. A margem EBITDA ajustada ex-revenda/HACC foi de 24% no 9M19, um aumento de 2,5 p.p. em relação ao 9M18. No 3T19, a margem foi de 26,2%, uma redução de 10,7 p.p. em relação ao 3T18.

O resultado líquido do trimestre 3T19 registrou prejuízo de R$ 230,6 milhões versus um prejuízo de R$ 278,7 milhões no 3T18, devido principalmente às reduções de despesas operacionais e financeiras. No 9M19, o prejuízo foi de R$ 892,6 milhões, contra R$ 823,1 milhões no 9M18.