Economia circular tem tudo a ver com a cana
19-11-2021

 Em outubro de 2020, Raízen inaugurou sua primeira planta de biogás. Uma das maiores do mundo, a estrutura foi construída anexo à Usina Bonfim (Foto: Divulgação Raízen
Em outubro de 2020, Raízen inaugurou sua primeira planta de biogás. Uma das maiores do mundo, a estrutura foi construída anexo à Usina Bonfim (Foto: Divulgação Raízen

Um belo exemplo da relação da cana com a Economia circular é a fábrica de biogás da Raízen, instalada na Usina Bonfim, sua unidade produtora localizada em Guariba, no nordeste paulista

A cana gera tantos produtos, que cada vez mais fica difícil de classificá-la apenas como cana-de-açúcar, afinal, ela é de etanol, energia, plástico, biogás e tantas outras coisas. Outro aspecto muito interessante da cana é o seu poder de promover a Economia circular, um modelo econômico quem tem seus moldes na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de matérias-primas e energia buscando fazer um melhor uso dos recursos naturais.

Um belo exemplo da relação da cana com a Economia circular é a fábrica de biogás da Raízen, instalada na Usina Bonfim, sua unidade produtora localizada em Guariba, no nordeste paulista. Inaugurada em 16 de outubro de 2020, a fábrica entrou para a história, afinal se trata do maior projeto de biogás do mundo e o primeiro do segmento canavieiro.

Para a produção do biogás, utiliza-se a vinhaça e a torta de filtro como matérias-primas. A fábrica de biogás da Usina Bonfim tem capacidade instalada para gerar 21MW e o potencial de produção de 138 mil MWh por ano, suficiente para iluminar uma cidade de 240 mil habitantes. Ainda, parte desse gás poderá ser utilizado para produzir biometano, que, uma vez purificado e comprimido, tem potencial para substituir o diesel nas máquinas agrícolas e caminhões. Para cada metro cúbico de diesel substituído por gás, o custo é 50% menor.

Porém, não é de hoje que a Raízen busca explorar ainda mais o potencial da cana. O Gerente de Projetos E2G e Biogás do grupo, Luciano Zamberlan, explica que a diversificação do portfólio da empresa teve início há sete anos, com a construção da primeira planta de E2G do mundo, localizada na unidade Costa Pinto, de Piracicaba/SP. Produzido a partir do bagaço proveniente da produção do açúcar e etanol comum, o E2G permite um aumento de 40% a 50% na produção de etanol sem que seja necessário plantar 1 hectare a mais de cana-de-açúcar. “Se pegássemos toda a matéria-prima disponível em nossas 35 unidades agroindustriais, seria possível produzir de 10 a 12 bilhões de litros a mais por hectare por safra.” Atualmente, a planta de E2G da Raízen produz 30 milhões de litros de etanol celulósico por ano. A expectativa é que a empresa construa três novas plantas num futuro próximo.

Zamberlan conta que a Raízen também planeja construir uma nova planta de biogás que produzirá bioeletricidade e terá capacidade para produzir gás biometano, que poderá ser utilizado em substituição ao óleo diesel em parte da frota de veículos ou injetado em redes de distribuição. O investimento irá girar na ordem de R$ 150 milhões. “Tanto o E2G como o biogás fazem parte de nossa estratégia de negócio. Focamos nossos investimentos em soluções sustentáveis, sejam elas do ponto de vista ambiental, social, econômico e/ou de governança”, ressalta.

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