Economia de milhões de reais
30-09-2015

A elevação do teor alcoólico das fermentações contribui para uma economia expressiva em recursos gastos na aplicação da vinhaça no campo, no consumo de vapor e na utilização de antibióticos


Leonardo Ruiz

A vinhaça é o principal, e mais crítico, subproduto da agroindústria sucroenergética. Obtida através da destilação do vinho, esse resíduo é produzido na relação 12,4/1, ou seja, 12,4 litros de vinhaça para cada litro de etanol fabricado. Se pegarmos a produção de etanol da safra 2014/15 (28,6 bilhões de litros), teremos um volume de cerca de 355 bilhões de litros de vinhaça. Se mantidos os índices de crescimento do setor, em 2023 poderemos ter um volume estimado de produção de vinhaça na ordem de 570 bilhões de litros. É quase como se estivéssemos produzindo vinhaça em vez de etanol.

Porém, o problema reside no fato de que a vinhaça é altamente poluente e mesmo seu uso na fertirrigação dos canaviais possui limitantes ambientais. Além disso, seu alto custo de armazenamento, transporte e disposição no campo afeta diretamente o bolso das unidades, que chegam a gastar cerca de R$ 7,80 por m³ de vinhaça com esses processos.

 

Pesquisas indicam que as unidades sucroenergéticas produzem esse alto volume de vinhaça por trabalharem com baixos teores alcoólicos das fermentações industriais, inferiores a 8% na maioria dos casos. Porém, caso seja realizada uma fermentação com até 16% de teor alcoólico, o volume pode cair para cinco litros de vinhaça por litro de etanol.

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