Em 2023, Uisa quer alcançar sua capacidade total de moagem – 6,3 milhões de toneladas
06-02-2020
Ex-Usinas Itamarati aposta no aumento de produtividade, que já supera 90 toneladas de cana por hectare contra uma média de 78 toneladas das usinas da região Centro-Sul
A reestruturação da Usinas Itamarati – agora Uisa – funciona como uma injeção de ânimo para o setor sucroenergético, que começa a dar sinais de uma possível retomada. “Pouquíssimas unidades até então conseguiram sair de uma situação financeira delicada, o que demonstra um interesse do mercado”, destaca José Fernando Mazuca Filho, diretor financeiro de novos negócios da Uisa.
Até mesmo especialistas do segmento, como o professor de economia da FEA/USP, Marcos Fava Neves, se dizem animados com o fato. “Fiquei feliz em ver a notícia da recuperação da Usinas Itamarati, que tive o privilégio de visitar duas vezes.”
Atualmente, a Uisa é dona de uma área de 84 400 hectares, dos quais 32 100 hectares estão ocupados com plantações de cana. Em seus limites, há 84 quilômetros de estradas asfaltadas. Graças a um sistema de fertirrigação abrangente, aliado a um novo modelo de planejamento e gestão agrícola -- que envolve manejo varietal, mapeamento de áreas de produção, técnicas avançadas de nutrição vegetal e adoção da matriz 3D de administração do canavial -- a produtividade da Uisa supera 90 toneladas de cana por hectare contra uma média de 78 toneladas por hectare das usinas da região Centro-Sul.
A Uisa encerrou a safra atual com o recorde de moagem dos últimos seis anos: 5,025 milhões de toneladas de cana. Com uma produção total de 172 mil toneladas de açúcar e de 286 mil m³ de etanol. No ciclo passado, a companhia produziu 155 mil toneladas de açúcar cristal e 284 mil m³ de etanol.
Com 94% de aproveitamento industrial no período 2019/20, a Uisa trabalha com a expectativa de chegar a sua capacidade total de moagem – 6,3 milhões de toneladas - em 2023. Para a safra 2020/21, seus executivos projetam resultados superiores aos atingidos na safra que se encerra agora. “Vamos continuar a investir em nosso canavial e em tecnologias e equipamentos que permitam reduzir o consumo de combustível, que exijam menos manutenção e que ampliem constantemente nossa eficiência operacional”, finaliza Mazuca.
Fonte CanaOnline