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09-01-2015

A perspectiva de um segundo ano consecutivo de deficit no mercado mundial de café permitirá a manutenção dos preços elevados.

Seca e o ciclo de baixa na produção brasileira vão manter a safra nacional entre 42 milhões e 47 milhões de sacas. Líder mundial na produção, e sem outro país para substituí-lo, o Brasil deverá colaborar para um deficit de 5,1 milhões de sacas na safra 2014/15.

Outro setor que vem vivendo um período delicado no país, o sucroenergético, voltará a ter problemas em 2015, apesar da alta de preços.

A moagem de cana fica entre 550 milhões e 580 milhões de toneladas, segundo o Rabobank. A produtividade da cana será prejudicada tanto pela seca do ano passado como pela baixa renovação dos canaviais.

Já os preços do açúcar deverão ter uma recuperação neste ano, quando a oferta do produto será menor do que o consumo mundial.

Mas os analistas do Rabobank acreditam que o cenário de preços será melhor para o etanol. Este será sustentado pela alta da demanda, devido ao aumento da frota brasileira e à mistura maior de álcool anidro à gasolina. A alta do açúcar e do etanol vai permitir preços melhores para o produtor de cana.

*Texto extraído da coluna Vaivém das Commodities.

Mauro Zafalon