Em Minas Gerais, Reserva Particular do Patrimônio Natural vira livro
21-09-2016

A publicação foi editada pelo Instituto de Pesquisa e Preservação Ambiental Santo Ângelo

Em 2008, Minas Gerais assinou o “Protocolo de Intenções Agrosocioambiental do Setor Sucroalcooleiro”, entre os compromissos está o de recuperação das Áreas de Preservação Permanentes (APPs) nas propriedades com plantio de cana, possibilitando a criação de corredores ecológicos, que se transformaram em áreas de abrigo, reprodução e passagem de animais. Foram criadas várias RPPNs - Reservas Particulares do Patrimônio Natural, que têm contribuído, sobremaneira, para a conservação dos recursos naturais. De acordo com o Instituto Estadual de Florestas (IEF) – dados atualizados em 2012, o setor conta com 27.087,59 hectares de RPPNs ou 30,05% do total de 90.148,39 hectares no estado.

A Usina Santo Ângelo, localizada em Pirajuba (Triângulo Mineiro), uma das unidades que assinou o Protocolo, leva o assunto preservação ambiental muito a sério, tanto que produziu um livro referente ao levantamento da flora e da fauna da “RPPN - Vereda da Caraíba”. A publicação, editada pelo Instituto de Pesquisa e Preservação Ambiental Santo Ângelo, mostra o trabalho de preservação que a usina e seus parceiros vêm fazendo na RPPN, localizada em Bonito de Minas (Norte do estado), em uma área de 10.485,87 hectares, com investimentos na ordem de R$ 5 milhões com aquisição da área e sua manutenção.


De acordo com o coordenador de Meio Ambiente da usina, Decriê Polastrini, a RPPN é uma “porção singular” do bioma do Cerrado, criada em 2008 e que abriga aves raras como a Ararapá e o Gavião da Calda Branca, além de uma rica flora de árvores como o pequi (cuja flor ilustra a capa do livro), bandoleta, coroa de cristo entre outras que são mostradas na edição. “Ficamos fascinados com a região e o livro retrata sua beleza natural, que agora está protegida. Além de coroar todo um trabalho que a empresa desenvolve em prol do meio ambiente, nos seus 29 anos de existência”, afirma.

A RPPN é também recortada por muitas veredas (daí o nome do local), que alimentam o rio Gibão e o Carinhanha. O rio Gibão é um afluente do rio Carinhanha que, por sua vez, é importante contribuinte da margem esquerda do rio São Francisco.

A área foi toda cercada e em breve contará com monitoramentos contra incêndio de alta tecnologia, permitindo a detecção de focos e um combate imediato ao fogo, se for o caso. Foram feitos também os devidos aceiros que chegam até 22 quilômetros em algumas divisas, além da RPPN se tornar ponto de apoio para a comunidade local ou Sumidouro. “Nossos meios de transporte como caminhonete e motos assistem à população nas suas necessidades, além da distribuição de kits de material escolar para as crianças”, destaca.

Em acordo com a legislação ambiental vigente, a usina afastou os plantios de cana das áreas de preservação permanente (APPs) como rios, lagos, córregos e veredas, e procedeu ao replantio de espécies nativas no local, provocando a formação de corredores ecológicos, que servem de abrigo, passagem e reprodução dos animais silvestres. A usina mantém também um viveiro de mudas em Pirajuba, que tem uma produção em torno de 100 mil anuais.

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