“Em 2016, açúcar está remunerando o produtor de 20% a 30% a mais do que o etanol”, diz Jacyr, da Tereos
17-11-2016

Os preços do açúcar apresentaram melhora no quarto trimestre do ano passado quando o mundo percebeu que o mercado iria entrar em déficit. “Mas temos de olhar com atenção porque existe uma ação de fundos especulativos, que detêm 15 milhões de toneladas de açúcar em contratos futuros”, sublinha Jacyr Costa Filho, Diretor Região Brasil da Tereos.

“Então, não dá pra dizer com certeza se este será o melhor nível de remuneração dos últimos anos, pois além das questões climáticas que podem mudar o contexto, há o componente especulativo”, afirma.

De qualquer forma, ele relata que o preço médio da bolsa de NY na safra 2016/2017 é aproximadamente 40% maior do que na safra passada e o açúcar remunerou o produtor entre 20 e 30% a mais do que o etanol. Ante a este cenário, a Tereos destinou mais de 60 % de sua produção para açúcar.

Jacyr conta que a Tereos é um dos líderes no mercado mundial de açúcar e, com as demandas de alimento e energia renovável aumentando, as perspectivas são muito boas não só para o açúcar, mas também para etanol e bioenergia.

“O setor no Brasil tem muitos desafios e obstáculos para superar, tanto na infraestrutura e nos processos logísticos. Neste sentido vamos continuar investindo pesado em melhorias contínuas, em eficiência dos processos produtivos e na modernização da infraestrutura”, afirma.


AÇÚCAR E ETANOL

Segundo Jacyr, neste ano, o açúcar está remunerando o produtor de 20 a 30% a mais que o etanol. Ele concorda que a recuperação de preços do etanol e do açúcar na última safra trouxe um cenário positivo para o setor sucroenergético. “Vamos continuar empenhados para aumentar a eficiência do processo produtivo, buscando cada vez mais rentabilidade.”

Para o executivo da Tereos, o etanol estará em alta por conta da oferta que deve permanecer estável ou superior em relação ao último ano, com base nos recordes de venda do biocombustível em 2015.
“O mercado de etanol é muito promissor, principalmente por que o Brasil assumiu uma série de compromissos para redução de emissões de carbono na COP-21 e, para atingir estas metas, o país terá que estimular o uso do biocombustível . A médio prazo, essas decisões trarão retorno para o setor.”

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