Encolhe a participação da biomassa na matriz elétrica do Brasil
17-05-2016
A fonte biomassa, que já chegou a representar 32% do crescimento da capacidade instalada no país, tem previsão de participar em 2016 com apenas 7%
Atualmente, a fonte biomassa representa quase 9% da potência outorgada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) na matriz elétrica do Brasil. Quando se estratifica a fonte fóssil, a bioeletricidade assume a segunda posição na matriz elétrica brasileira, pois a mais importante contribuição da fonte fóssil é o gás natural, que detém 13.148.271 kW, inferior à capacidade instalada pela fonte biomassa, conforme tabela na sequência.
FONTES UTILIZADAS NO BRASIL - UNIDADES EM OPERAÇÃO
Origem Potência Outorgada (kW) % Potência Outorgada
Hídrica 106.212.521 67,10
Fóssil 27.322.178 17,26
Biomassa 14.017.081 8,85
Nuclear 1.990.000 1,26
Eólica 8.728.468 5,51
Solar 26.952 0,02
Total 158.297.200 100
Fonte: ANEEL (2016). Elaboração: UNICA (2016).
Com referência somente à bioeletricidade da cana, o setor sucroenergético detém hoje 7% da potência outorgada no Brasil e quase 79% da fonte biomassa, sendo a terceira fonte de geração mais importante da nossa matriz elétrica em termos de capacidade instalada, atrás somente da fonte hídrica e das termelétricas com gás natural.
FONTES UTILIZADAS NO BRASIL - UNIDADES EM OPERAÇÃO
Origem Potência Outorgada(kW) %Potência Outorgada
Biomassa de Cana 11.008.691 78,54
Floresta 2.801.147 19,98
Resíduos sólidos urbanos 88.213 0,63
Resíduos animais 1.924 0,01
Biocombustíveis líquidos 4.350 0,03
Casca de Arroz 45.333 0,32
Biogás-Agroindustrial 1.722 0,01
Capim Elefante 65.700 0,47
Total 14.017.081 100
Fonte: ANEEL (2016). Elaboração: UNICA (2016).
Em termos de evolução anual de capacidade instalada, a fonte biomassa teve seu recorde no ano de 2010, com 1.750 MW (equivalente a 12,5% de uma Usina Itaipu), resultado de decisões de investimentos antes de 2008, quando o cenário era estimulante à expansão do setor sucroenergético.
A fonte biomassa, que já chegou a representar 32% do crescimento da capacidade instalada no país, tem previsão de participar em 2016 com apenas 7% da expansão anual da capacidade instalada no Brasil, índice que poderá cair para apenas 2% em 2020.
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