Enquanto o mundo busca combustível verde, no Brasil lei quer liberar diesel para carros de passeio
31-08-2015

O mundo vive a expectativa da realização da 21ª Conferência do Clima (COP 21) que será realizada em dezembro de 2015, em Paris, e terá como principal objetivo costurar um novo acordo entre os países para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, diminuindo o aquecimento global.

Em agosto, durante visita ao Brasil da chanceler alemã Angela Merkel, em declaração conjunta com a Alemanha, o governo brasileiro assumiu o compromisso de eliminar os gases de efeito estufa da economia global até 2100.Foram assinados acordos financeiros e de cooperação na ordem de 500 milhões de euros, entre financiamentos a juros baixos e doações para políticas de preservação e restauração florestal, uso da terra, cidades sustentáveis e políticas no setor energético.
O governo brasileiro reafirmou a sua intenção de ampliar para 20% a participação de fontes renováveis em sua matriz elétrica até 2030. A Alemanha, que pretende ampliar o uso dessas fontes em até 60% em 2035, se comprometeu a auxiliar o Brasil no setor com empréstimos de € 415 milhões e doação, em forma de apoio técnico, de € 4,5 milhões.
Entre as metas de descarbonização traçadas pelo Brasil a mais concreta é o uso do etanol. O país apresenta o maior e mais eficiente programa de combustível renovável do mundo.

Enquanto outros países buscam alternativas à matriz fóssil, no Brasil o projeto de lei nº84/2015, de autoria do senador Benedito de Lira (PP-AL), visa derrubar a portaria 23/1994 do Departamento Nacional de Combustíveis (DNC), que veta o uso do diesel em carros de passeio e o libera apenas para os de transporte coletivo, carga ou off-road com capacidade acima de 1.000 kg. No Brasil, esse combustível é subsidiado pelo governo.

Se depender dos políticos brasileiros, muitos mal-intencionados, outros desinformados sobre a supremacia brasileira na área de combustíveis renováveis, nossa matriz energética regride ao invés de ficar cada vez mais verde. Mas o bom, é que nossos pesquisadores,mesmo desvalorizados, não desistem, este ano anunciaram o ETHABIODIESEL, um biocombustível 100% renovável oriundo da transesterificação de óleos vegetais com Etanol Anidro (na proporção de 35%) e posterior aditivação com aditivo ETHABIO™, e queque substitui integralmente o óleo diesel de origem fóssil.

O ETHABIODIESEL já foi testado em unidade sucroenergéticae conseguiu a licença da ANP (Agência Nacional do Petróleo) para ser utilizado nas usinas nas frotas de caminhões e máquinas agrícolas. A outra opção renovável para substituir o diesel anunciada recentemente também vem da cana, é o biometano, gás proveniente da vinhaça.

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