Entressafra longa à vista
03-09-2018

Estiagem longa reduz volume de cana, acelera ritmo das colhedoras, não interrompe safra e deve encurtá-la

A estiagem chegou mais cedo em 2018, em abril, e ainda se estende. Sem dias de chuva, não houve paradas de moagem na região Centro-Sul, as colhedoras trabalham em ritmo acelerado, devoram os canaviais ressentidos pela seca, o que deve reduzir o volume de produção. 

Segundo estimativa da DATAGRO, divulgada em 22 de agosto, o processamento de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil na safra 2018/19 – iniciada, oficialmente, em 1º de abril - deve atingir 558,12 milhões de toneladas, queda de 6,4% na comparação com o volume de 596,3 milhões de toneladas moído na temporada 2017/18.
Outro efeito da seca é a antecipação do término da safra, muitas unidades devem encerrá-la já no mês de outubro, uma delas é a Usina São Martinho, de Pradópolis, SP, isso se não acabar em setembro. O diretor financeiro e de Relações com Investidores do Grupo São Martinho, Felipe Vicchiato, observa que o cenário da safra canavieira na região Centro-Sul deve ser de fim de safra em meados de outubro, dado o tempo seco, e o volume de produção não deve ser maior que 550 milhões de toneladas.
E dados do Clima Tempo apontam que a volta das chuvas vai atrasar neste ano, normalmente, em outubro as águas já chegam com regularidade, mas isso só deve acontecer em novembro. O que pode atrasar o início da safra 2019/2020, pois não haverá cana no ponto de colheita no começo de abril. O cenário indica uma entressafra longa.
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