Escassez de mão de obra impulsiona colheita mecanizada no Grupo Santo Antonio, em Alagoas
14-12-2023

Colher cana de forma manual é uma atividade pesada, mas durante séculos, foi esse trabalho braçal que moveu a economia canavieira. Nos últimos 30 anos, na região Centro-Sul do Brasil, em decorrência da redução de mão de obra, de leis e protocolos contra a queima, as colhedoras tomaram conta dos canaviais.

Já na região Nordeste, o corte manual teve sequência, por questões sociais, já que a lavoura canavieira é grande empregadora, e por causa do relevo acidentado, que dificulta ou impossibilita a entrada das máquinas.

Porém, o Nordeste apresenta uma nova realidade: falta de mão de obra. “Os cortadores estão envelhecendo e não há reposição. Seus filhos e netos não querem mais realizar este trabalho.” Esta foi uma frase que ouvimos muito durante o Tour Técnico da CanaOnline pelo Nordeste Canavieiro. Resultado: muitas áreas de encostas que por séculos foram cultivadas com cana, passarão a ser ocupadas por pecuária ou eucalipto. E onde a topografia permite a mecanização, as colhedoras cortarão a cana.

Nesta safra, a Usina Açucareira Santo Antonio, localizada em São Luiz do Quitunde, zona da mata Norte de Alagoas, pela primeira vez contará com máquinas para substituir o facão. Visitamos a Santo Antonio em 17 de novembro, um dia antes, duas colhedoras deram início a mecanização da colheita na Santo Antonio. “É um momento histórico. E esse é só o primeiro passo”, diz Valdemir Tenório, superintendente agrícola da empresa. Cerca de 65% dos canaviais da Santo Antonio poderão ser colhidos mecanicamente.

Confira: