Escassez nas distribuidoras atinge Manaus e postos ficam sem etanol
25-01-2018

A falta de etanol nas distribuidoras se reflete nos postos de Manaus. Alguns revendedores estão sem o combustível. O presidente do Sindcam (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Lubrificantes, Álcool e Gás Natural do Estado do Amazonas), Luiz Felipe de Moura Pinto, disse que a escassez é causada pela concentração da produção em apenas três Estados: Goiás, Mato Grosso e São Paulo.

“O etanol vem todo do Estado de Mato Grosso e do Norte de São Paulo. O que se produz de etanol no Amazonas é tratado em Presidente Figueiredo, não tem nem valor estatístico. É por esse motivo que o produto é caro e não compensa”, disse Moura Pinto.

O presidente do Sindcam disse que só é compensatório abastecer com etanol nos Estados que são produtores do combustível, tais como Mato Grosso, São Paulo e Goiás. “Para outros Estados não compensa.

Outra situação: muitas pessoas falam que o posto que não quer vender o produto, entretanto, a questão é que são as distribuidoras que trazem o etanol para comercializar no Amazonas não têm o produto. A culpa sempre cai para o posto de gasolina, mas nós somos apenas repassadores, nós não produzimos, nós não transportamos, nós só vendemos na ponta”.

Moura Pinto afirmou que não sabe ao certo se há desabastecimento do produto na capital, mas, se houver falta do combustível, o motivo está na própria distribuidora. O empresário diz que há todo um formato de transporte do combustível até o Amazonas, por meio rodoviário e fluvial. “O etanol de vem via rodoviária até Porto Velho e de lá até Manaus vem de balsa”.

Sem preço

Um gerente de um posto de Manaus ouvido pelo Amazonas Atual disse que o etanol está em falta. Segundo ele, com a falta do combustível, o preço é retirado da placa para mostrar que não há o produto. “Quando deixávamos o preço do produto na placa, os motoristas faziam confusão, por isso tiramos os preços. Eles acham que a culpa é nossa, mas não é isso, pois vivemos de venda. Se não vedemos, não temos faturamento”, disse.

Conforme o gerente, não há previsão para o abastecimento do combustível. Ele disse que as distribuidoras informaram que não têm o produto e, por isso, os postos são obrigados a não fazerem o pedido de reabastecimento.