Estiva faz monitoramento da fauna silvestre
17-12-2015

A Usina Estiva está realizando o Programa de Monitoramento de Fauna Silvestre com o objetivo de ter mais informações das espécies animais presentes nas suas áreas de atuação, bem como dos impactos da implantação e operação do empreendimento sobre a fauna. “Queremos ter subsídios para ações que visam mitigar impactos e possibilitar a execução de medidas emergenciais que minimizem os efeitos da cultura da cana sobre a fauna nativa, consequentemente tornando possível a manutenção da biodiversidade no local”, explica a bióloga e ornitóloga Ana Paula Elias Fonseca, parceira do programa. 

Em setembro, três propriedades passaram pelo monitoramento: as fazendas Espírito Santo, Santa Tereza e Três Pontes, onde a Usina está instalada. “Foram registrados importantes espécimes da fauna ameaçada como lobo- guará; anta; tamanduá-bandeira; paca; onça-parda e bugio, além das aves jaó; jacupemba; gavião-belo; trinta-réis-grande; jandaia-de-testa-vermelha; curica; udu-de-coroa-azul; pica-pau-de-topete-vermelho; formigueiro-de-barriga-preta e patativa”, explica a bióloga.
Marcelo Pereira, supervisor de Topografia, Sistematização e Preparo de Solo, disse que o trabalho abrange todos os grupos da fauna: aves, mamíferos, répteis, anuros e peixes, considerados bons bioindicadores por responderem de forma rápida as alterações ambientais e, dessa forma, permitirem avaliar as modificações na composição das comunidades em um curto espaço de tempo.
Marcelo e a bióloga explicam que a cada período um dos animais da fauna regional será destaque em nossas publicações. “Desta vez vamos falar do lobo-guará”.
Lobo Guará (Chrysocyonbrachyurus) - habita em campos, pastagens e nos Cerrados da América do Sul, oeste dos Pampas do Peru, sul do Paraguai, partes da Argentina e Uruguai e no centro-oeste brasileiro. O lobo-guará é listado como ameaçado de extinção na categoria “Vulnerável” pelas listas estadual e nacional de espécies ameaçadas (livro vermelho de espécies ameaçadas de São Paulo, 2009; BRASIL, 2003) e na categoria “Quase Ameaçada” pela lista mundial (IUCN, 2015). A maior ameaça para o lobo-guará é a destruição de seu habitat natural. Contudo, como esse animal tem fama de predar galinhas, é vítima de caça por parte dos fazendeiros que buscam proteger seus galinheiros. Os atropelamentos também têm promovido redução da população destes animais.