Estudo da FGV aponta potencial de descarbonização do setor sucroenergético com tecnologias do CTC
25-07-2025

O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira, em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentou ao mercado um estudo inédito que analisou o impacto da adoção das novas tecnologias desenvolvidas pela instituição no potencial de descarbonização do setor sucroenergético.
O estudo considera de dois cenários distintos: o cenário de referência (2022) e o cenário projetado para 2042, considerando a adoção integrada de soluções em melhoramento genético, biotecnologia e novas tecnologias, como plantio por sementes sintéticas. O setor pode evitar a emissão de até 178,6 milhões de toneladas de CO₂ por ano — o que representa um aumento de 129% em relação ao cenário atual e o equivalente a aproximadamente 50% das emissões anuais de um país como a França.
A soma da adoção de uma genética mais moderna e a biotecnologia compõem 49% desse ganho e a introdução e adoção de um novo método de plantio representa 29%. O ganho de eficiência, tecnologia incremental e manejo, completam os 22% do potencial nas emissões evitadas.
Entre os principais fatores que impulsionam essa transformação estão a redução da intensidade de carbono do etanol (de 22,2 para 18,5 gCO₂/MJ), o uso mais eficiente de insumos como diesel (-18,2%) e fertilizantes nitrogenados (-19,4%), ciclos de colheitas mais curtos com operações mais eficientes, além do aumento da produtividade sem expansão de área cultivada.
O estudo também aponta o potencial econômico para o futuro, com geração de receita por meio da comercialização de créditos de descarbonização (CBios). Com as novas tecnologias implementadas até 2042, esse valor pode aumentar de R$1.058 para R$2.517 por hectare, um crescimento de 137,9%.
Esses resultados consolidam a cana-de-açúcar como solução estratégica e competitiva para a agenda climática global.
Conheça o estudo na íntegra aqui.
Fonte: CTC - Centro de Tecnologia Canavieira
Do site: Udop