EUA assumem a liderança na exportação de etanol, o que pode ampliar a adesão ao combustível verde
13-11-2015

Depender do Brasil como o único, ou pelo menos o principal fornecedor de etanol, nunca animou os potenciais países compradores, na opinião deles, desestimulava a adoção do etanol em suas matrizes energéticas.

Porém, o cenário está mudando, não em razão de confiarem mais na produção brasileira, mas é que os Estados Unidos assumiram a liderança não só na produção, mas exportação de etanol. O país norte-americano produziu em 2014, 54,16 bilhões de litros de etanol, quase o dobro da produção brasileira. O etanol responde por 10% do mercado de combustível dos EUA, que consome anualmente 540 bilhões de litros, a metade do combustível usado por ano no mundo.

E em 2015, os EUA assumiram o posto de maior exportador, dominando 33% do mercado, o Brasil responde por 18%. Plínio Nastari, presidente da Datagro Consultoria, diz que vários países estão produzindo etanol, inclusive, destacou que este ano, quem mais exportou para a Europa foi a Bolívia.

Lembrando que a matéria-prima do etanol americano é o milho, que se tornou uma opção bem mais competitiva do que quando surgiu na década de 1980. Além da tecnologia evoluir, o produtor de etanol de milho conta com a venda do DDGs (Dried Distillers Grains with Solubles) um subproduto da produção do etanol de milho. O DDG é um insumo que pode ser utilizado na ração animal pois é grande fonte de energia e proteína, tendo um alto valor agregado neste processo. O DDG é quase tão importante quanto o próprio etanol.

Nastari ainda aponta outras vantagens do milho: pode ser armazenado por um bom tempo e ser transportado para longas distâncias, diferente da cana. O que poderá ampliar o número de países produtores de etanol. Segundo o consultor, a possibilidade de mais ofertantes do combustível verde, cria a possibilidade de tornar realidade o sonho do etanol se tornar uma commodity internacional.

O fato de mais países virem a ser fornecedores de etanol, não exclui a participação brasileira, pelo contrário, pode abrir mercado para o nosso etanol da cana, mas tudo dependerá de sua competitividade.

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