Evento em campinas debate as boas práticas e os desafios do setor sucro
17-12-2014

Na quarta-feira (11/12) foi realizado o 16º Encontro Estadual de Relações Trabalhistas e Sindicais da Agroindústria Sucroenergética 2014, no Centro Empresarial Conceição, em Campinas (SP). O evento, que contou com a presença de representantes de 104 empresas associadas da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), atraiu profissionais das áreas de recursos humanos, agrícola e industrial, gerentes, técnicos e engenheiros de segurança.

O painel “Avaliando a Mecanização – Avanços e Desafios” contou com a participação da gerente de Relações Sindicais da Biosev, Cláudia Valéria Benatto; do gerente de Recursos Humanos da Guarani, Alberto Belomi Camacho; do responsável por Pessoas, Sustentabilidade e Comunicação da Odebrecht Agroindustrial, Genésio Lemos Couto; e do gerente do departamento de Administração de Recursos Humanos da Pedra Agroindustrial, Claudinei José Nogueira.

Para a gestora da Biosev, o encontro serviu, mais uma vez, para evidenciar os casos de boas práticas trabalhistas no setor sucroenergético.

“Foi muito proveitoso o debate, a troca de informações só tende a enriquecer a atividade,” destacou Benatto. O representante da Guarani destacou a importância do evento para a categoria. “É um encontro ímpar, e por conta disso esperamos uma participação ainda maior do setor,” defendeu Camacho.

Já para o gestor da Pedra Agroindustrial, o encontro possibilitou uma reflexão sobre os principais desafios da atividade, como a formação de profissionais e a segurança nas operações agrícolas.
Palestrantes do painel: “Avaliando a Mecanização – Avanços e Desafios”
“Nossas maiores demandas são a falta de mão de obra qualificada e os desafios na segurança dos trabalhadores com a evolução da colheita mecanizada. Percebemos que isso é uma carência geral e não apenas de uma única empresa, e caberá ao setor preparar e adequar os funcionários para melhor atender as suas necessidades,” explicou Nogueira. O representante da Odebrecht concorda com essas observações. Segundo ele, a mecanização é um processo irreversível, e é necessário parar e pensar o futuro. “A indústria não pode retroceder e voltar ao corte manual. A mecanização é uma conquista para a sociedade, para o meio ambiente, mas é fato que uma hora precisaremos analisar os desafios no que se refere a qualificação dos trabalhadores,” afirmou Couto.
O seminário contou ainda com a palestra do diretor Técnico do Instituto de Avaliações e Perícias de Piracicaba (IAPA), Renato Orsi que destacou em sua apresentação a segurança dos motoristas no transporte de cana-de-açúcar.

De Goiânia compareceu o advogado e jornalista Thiago Jácomo, que fez uma palestra intitulada “As consequências trabalhistas decorrentes do mau uso das redes sociais, celulares e outros meios telemáticos”, que teve como objetivo principal permitir as empresas uma maior reflexão sobre os impactos do mau uso de meios de comunicação a distância.

Representando a UNICA, a consultora para Assuntos Trabalhistas, Elimara Assad Sallum falou sobre os principais acontecimentos nas relações Capital/Trabalho no Brasil no ano de 2014, destacando as negociações coletivas, alterações e ou revisões de normas regulamentadas e projetos legislativos de alto impacto setorial. Na oportunidade, mostrou ainda o cenário das relações Capital/Trabalho para o ano de 2015 e as ações institucionais a serem realizadas.

“O evento mais uma vez foi muito bom, pois além do ótimo nível dos palestrantes, também reuniu excelentes profissionais de importantes empresas da indústria sucroenergética, e isso contribuiu diretamente para o sucesso da 16ª edição do Encontro,” concluiu Sallum.