Expansão de área deixou de ser o foco do setor. A meta é produzir mais na mesma área
13-08-2015

Ampliar o canavial estende-o por mais milhares de hectares, abrir novas fronteiras e fazer nascer usinas. Esses componentes, que embalaram a expansão canavieira na década passada, ficaram para trás. Hoje a filosofia do setor é fazer mais com menos: produzir mais na mesma área; ter cana com alta produtividade, maior quantidade de açúcar; maior longevidade e aproveitamento total da matéria-prima, como o uso da palha.

De acordo com Rodrigo Vinchi, gerente Corporativo de Planejamento e Desenvolvimento Agronômico da Raízen, maior grupo sucroenergético do mundo, com 24 unidades produtoras, por muitos anos, para ganhar competitividade, a empresa priorizou expandir a produção, comprar usinas. Hoje, a política é aumentar o retorno em cima da mesma área, melhorando a qualidade da gestão agrícola, investindo no manejo, em eficientes técnicas de combate às pragas, doenças e plantas daninhas.

A sustentabilidade é o caminho para quem planeja se manter vivo no negócio da cana. Especialistas no setor lembram que as empresas que apresentam melhor desempenho não são aquelas com grande número de unidades, mas que produzem próximo ou acima de 100 toneladas por hectare.

Para Alexandre Figliolino, diretor-comercial do Itaú BBA, o principal segredo das unidades que estão fora da zona de risco, as que mantém saúde financeira, é que sabem plantar cana e, por isso, têm canaviais mais produtivos e mais longevos. “Tudo começa pelo plantio: a escolha de variedades certas para os ambientes certos, os tratos culturais necessários, o controle eficiente de pragas, doenças e daninhas, o acompanhar de perto a lavoura, investir em tecnologia, pesquisa e qualificação de mão de obra”, observa.

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