Expectativa é de boa safra na Açucareira Guaíra
04-02-2016

O canavial está respondendo bem às frequentes chuvas em comparação com o ano passado

Nas últimas onze safras, a média de produtividade da Usina Açucareira Guaíra, localizada no município paulista de mesmo nome, foi de 93,68 ton/ha, sendo que, em três ciclos, a empresa conseguiu números acima das 100 ton/ha. Na safra 2013/14, inclusive, foi classificada como a melhor empresa canavieira do Centro-Sul do Brasil pela comissão julgadora formada pelo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira) e Grupo IDEA, recebendo, pelo segundo ano consecutivo, o prêmio de Usina Campeã Brasileira de Produtividade Agrícola. Naquele ano, a Unidade alcançou uma produtividade média de 103,5 ton/h, considerada a maior entre as mais de 250 Usinas que disponibilizam seus dados ao CTC.

E a tão sonhada cana de três dígitos poderia ter sido obtida em vários outros anos, se não fossem os diversos problemas enfrentados que acabaram prejudicando as produtividades. Em 2010 e 2011, o grande empecilho foi os incêndios, que dizimaram cerca de sete mil hectares de cana-de-açúcar. “Isso resultou em condições ruins no ano seguinte”, conta o diretor agrícola da Unidade, Gustavo Villa Gomes.

Já nos dois últimos ciclos, a pedra no sapato foram os baixos volumes de chuva na região. “Na safra 2014/15, choveu quase 400 mm abaixo da nossa média. Já na safra atual, que deve fechar com 88,69 ton/ha, o valor foi 300 mm a menos da média. Isso impactou demais a nossa cana de início de safra. O que nos salvou no ano passado foram as chuvas que ocorreram a partir de maio, que ajudaram as canas de final de safra.”

Porém, mesmo diante desses cenários adversos, os números alcançados não podem ser considerados ruins, já que estão bem acima da média das usinas do Centro-Sul do Brasil, que segundo dados do Benchmarking c/173 participantes - CTC/Pampa, na safra 2015/16 foi de 83,6 ton/ha. “Esse sucesso está ligado ao manejo que adotamos no canavial, como controle de pragas, perfil varietal, uso de softwares que nos auxiliam na tomada de decisões, plantio com mínimo de falha, tráfego controlado das operações, adubação, além de uma equipe treinada e engajada nas atividades”, conta Gustavo.

Sobre a próxima safra, o diretor agrícola afirma que as expectativas são boas, já que o canavial está respondendo bem às frequentes chuvas em comparação com o ano passado, onde na mesma época havia dificuldade em conseguir muda desenvolvida para plantio. “Acreditamos que os investimentos realizados no manejo do canavial aparecerão neste ano.”

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