Exportação dispara e cresce 124% em Pernambuco. Usina Trapiche é uma das principais empresas exportadoras
16-03-2017

As exportações pernambucanas dispararam em janeiro. No mês, as operações totalizaram US$ 161.103.684 (FOB), um aumento de 124% em relação ao mesmo período do ano passado, quando o montante alcançou US$ 71.895.175. O resultado colocou o estado na segunda posição no Nordeste, perdendo apenas para a Bahia. O desempenho é atribuído principalmente a venda de combustíveis, reflexo da operação da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo Industrial Portuário de Suape, o que coloca o estado como um polo exportador de combustíveis.

“Neste cenário, a Refinaria Abreu e Lima assume uma posição estratégica. O empreendimento ainda não foi concluído, mas já é responsável por 30% da produção nacional de diesel S-10. E desde que iniciou a operação, parte da produção é destinada ao mercado externo. Então é algo estratégico para a balança comercial pernambucana”, afirmou o gerente de Desenvolvimento Empresarial da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Maurício Laranjeira.

A operação da Rnest também está refletida no aumento da movimentação de granéis líquidos (óleo diesel, gasolina, querosene de aviação, óleo bruto de petróleo, etc) do Porto de Suape, que registrou um crescimento de 21,8% no ano passado, em comparação a 2015, alcançado a marca de 17,28 milhões de toneladas.

Segundo levantamento realizado pela Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), combustíveis, óleos e ceras minerais são responsáveis por 34,49% das exportações. Outro produto que puxou a alta das exportações no estado foram os veículos automotivos com 19,27%. Item importante no DNA da indústria pernambucana, o açúcar também compõem o ranking dos produtos mais vendidos para fora do país com 14,82%. Em seguida está o plástico, com 12,86%.

“A produção de veículos no estado também está tendo um papel importante nesta movimentação. A FCA (Fiat Chrysler Automobiles) já é a segunda maior exportadora do estado e a tendência é que esta movimentação aumente, a medida que a produção da unidade seja incrementada”, disse o gerente da Fiepe. A análise aponta que os principais países de destino dos produtos comercializados são Argentina, EUA, Holanda e França.

No acumulado de 12 meses (de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017), a exportações pernambucanas chegaram a cerca de US$ 1.507.025.452 (FOB), apresentando uma alta de 40% em relação às exportações de igual período do ano anterior. Em janeiro, somaram US$ 441.610.642 (FOB), um aumento de 102% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 218.909.898). A balança comercial pernambucana terminou deficitária em US$ 280.506.958.

“As indústrias locais estão com foco de exportação muito grande. Devemos fechar o ano na segunda posição entre os estados do Nordeste, posição que, historicamente, é ocupada pelo Maranhão, cujo processo é muito focado no minério de ferro. Já os nossos produtos são mais industrializados, tendo maior valor agregado”, disse Laranjeira.