Futuro do etanol é debatido no 8º Congresso Nacional de Bionergia
13-11-2015

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, participou do 8º Congresso Nacional de Bioenergia, realizado em Araçatuba, para debater o futuro do setor sucroenergético no Brasil. Durante o evento foi realizada uma homenagem aos 40 anos do Programa Nacional do Álcool (Proálcool).
Arnaldo Jardim participou de um debate sobre o futuro do etanol no Brasil. Ele afirmou que o setor vem vive um momento muito difícil, por influência da crise economia que o país vive, mas contar com a persistência dos empresários e produtores para manter a competitividade, e ressaltou o apoio do governo do Estado de São Paulo.
“O governador Geraldo Alckmin está empenhado na recuperação e fortalecimento do setor sucroenergético ao manter o menor percentual de ICMS sobre a venda do etanol hidratado, de 12%, e na promoção de isenção fiscal para o retrofit de caldeiras e turbinas para incentivar a cogeração, simplificando com isso a cadeia tributária do setor” disse.
O Estado de São Paulo é referência global no cultivo e na produção de derivados de cana-de-açúcar. Como maior produtor mundial de etanol a partir da cana-de-açúcar, o Estado é pioneiro em pesquisa e desenvolvimento nesse setor e detém uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo.
O secretário ressaltou que a Secretaria de Agricultura e Abastecimento vem desenvolvendo pesquisas para melhoria dos cultivares e da produtividade agrícola da cana-de-açúcar. “Intensificamos as ações de pesquisas desenvolvidas pelos nossos institutos da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (Apta), especialmente o sistema de Mudas Pré-Brotadas (MPB) de cana-de-açúcar, e que já conta com uma linha de financiamento do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (Feap)”, destacou.
Esse método de plantio de cana-de-açúcar, feita com mudas de alta qualidade, livres de doenças e pragas, garante taxa de multiplicação muito maior do que através do plantio tradicional e melhora a qualidade do produto e aumenta a produtividade nas lavouras em até 20%.
Arnaldo Jardim aproveitou para ressaltar que o mundo estará voltado para a Cúpula do Clima de Paris, a COP 21, onde Brasil estará presente com o etanol da cana. “Será uma grande oportunidade para colocar o País na liderança da economia de combustíveis renováveis”, ponderou.
Realizado pela União dos Produtores de Bioenergia (UDOP, em parceria com a Sociedade dos Técnicos do Setor Sucroenergético (Stab), o evento trouxe o debate sobre os novos conceitos, tecnologias e sistemas de produção altamente aplicáveis ao dia a dia das usinas.
Mais de mil participantes, entre produtores, usineiros, empresários, e autoridades públicas discutiram temas, que foram divididos em áreas, como: administrativa/financeira; agrícola; biomassa e novos produtos; planejamento e custos; inovações tecnológicas em etanol de milho; mercado, comercialização e logística; entre outros.